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quinta-feira, 28 março, 2024

Políticos capixabas aprovam saída de Ricardo Salles

Salles é alvo de inquérito, autorizado pelo STF a pedido da Procuradoria Geral da República

Por Josué de Oliveira

A saída do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciada na última quarta-feira (23), foi aprovada por políticos do Estado, entre eles, o governador Renato Casagrande (PSB).

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Segundo o chefe do Executivo capixaba, Ricardo Salles não soube dar importância à preservação dos biomas e às mudanças climáticas.

“Esses compromissos são fundamentais também para economia brasileira. O próximo ministro precisa compreender o pacto mundial em torno da sustentabilidade para o Brasil conquistar seu espaço”, afirmou.

Para o senador Fabiano Contarato (Rede), Salles executou a gestão mais desastrosa do Ministério do Meio Ambiente nas últimas décadas.

“Com o afrouxamento da fiscalização dos crimes ambientais, fragilização dos órgãos de proteção e defesa dos nossos ecossistemas, e com obsessiva ação para obstruir investigações, Salles foi a motosserra que dizimou florestas e cortou toda a credibilidade internacional do Brasil como exemplo de gestão ambiental. Já vai tarde. E que a Justiça seja feita, sem processos engavetados”, disse.

Na mesma linha, o deputado federal Helder Salomão (PT) também comemorou a saída do ministro. Segundo o petista, a saída de Ricardo Salles do ministério do Meio Ambiente se tornou imperativa.

“Agora é fundamental que as investigações prossigam, que ele responda na Justiça as acusações por prática de corrupção e que pague pelos possíveis crimes cometidos”.

Exoneração

O presidente Jair Bolsonaro exonerou a pedido o ministro Ricardo Salles. Em seu lugar nomeou Joaquim Alvaro Pereira Leite como novo ministro do Meio Ambiente.

“Para que isso (investigação) seja feita de forma mais serena possível, apresentei minha exoneração”, disse Salles ao justificar o pedido em entrevista no Palácio do Planalto.

Salles é alvo de inquérito, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), por supostamente ter atrapalhado investigações sobre apreensão de madeira. Ele nega ter cometido irregularidades.

O anúncio da troca no Ministério do Meio Ambiente também ocorre no momento em que o governo é acusado de corrupção na compra de vacinas para a covid-19.

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