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quinta-feira, 28 março, 2024

Plataformas auxiliam quem busca trabalho autônomo no país

Segundo estudo, 11,4 milhões de brasileiros passaram a utilizar aplicativos para aumentar ou garantir sua renda em 2021

Em um país com 10,6 milhões de desempregados, em que a taxa de desocupação ficou em torno de 9,8% no trimestre encerrado em maio, segundo dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para muitos, a busca por uma oportunidade começa pela tela do aparelho celular.

Segundo um estudo do Instituto Locomotiva obtido pelo Estadão, 11,4 milhões de brasileiros passaram a utilizar aplicativos para aumentar ou garantir sua renda em 2021. Com isso, cerca de 32,4 milhões de pessoas (20% da população adulta) utilizam algum software de forma profissional no período analisado. Em fevereiro de 2020, pouco antes do início da pandemia de Covid-19, esse percentual era de 13%.

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Indy Virmond, cofundador e CEO da Trapi – startup que oferece uma plataforma gratuita para buscar e avaliar oportunidades de trabalho autônomo -, afirma que poucos países têm vivido uma escalada do trabalho autônomo tão forte quanto o Brasil.

‘O trabalho autônomo sob demanda tem ajudado muitos brasileiros a pagar as contas do mês. Mesmo assim, ele ainda precisa ser melhor enquadrado e regulamentado no país, a fim de assegurar boas condições de trabalho a todos os profissionais e maior segurança jurídica para as empresas que o oferecem’, observa.

Entre 2015 e julho de 2021, o Cepi (Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação) da FGV Direito SP (Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas) desenvolveu uma pesquisa sobre a Gig Economy e mapeou PLs (Projetos de Lei) na Câmara dos Deputados e no Senado Federal que tratam sobre a pauta.

Ao todo, foram identificados 128 PLs federais relacionados à regulação do trabalho em plataformas digitais, conforme publicação do site TI INSIDE Online. Desses projetos, 59 dizem respeito a motoristas de apps, 21 a entregadores, 35 a motoristas e entregadores, 12 a trabalhadores em geral e um a artistas e intérpretes de obras audiovisuais.

Gig Economy

Virmond afirma que o mercado de trabalho vem se transformando rapidamente nos últimos anos e tem se tornado mais líquido. Os profissionais têm se acostumado com uma maior flexibilidade de local e de horário de trabalho, além de ter mais facilidade para trocar ou, até, combinar diferentes funções para incrementar a renda.

‘Esse movimento – também conhecido como Gig Economy – é impulsionado, entre outros motivos, pelo aumento da oferta de trabalhos autônomos sob demanda, onde a empresa remunera o profissional a cada serviço prestado’, complementa.

Gig Economy, o movimento citado pelo especialista, diz respeito às relações de trabalho existentes entre profissionais e empresas que contratam mão de obra de acordo com a demanda, sem vínculo empregatício. Segundo um informe da McKinsey & Company, empresa de consultoria empresarial estadunidense, aproximadamente 150 milhões de trabalhadores atuam nesse formato nos Estados Unidos e na Europa Ocidental. Já na China, segundo um boletim do Beijing Zhicheng Migrant Workers Legal Aid and Research Center (BZMW), tal contingente já chega a 200 milhões de trabalhadores.

Com informações de Agência Estado

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