Morador de Cariacia cultiva a pimenta Carolina Reaper, a mais ardida do mundo, e produz artesanalmente molhos e geleias
Por Samantha Dias
A pimenta norte-americana Carolina Reaper é a pimenta mais ardida do mundo, tanto que entrou no Livro dos Recordes, em 2017. Ela é 300 vezes mais picante do que a jalapeño – a nível de comparação, a jalapeño tem mil unidades na escala de ardência, enquanto a Carolina Reaper tem 1,5 milhão.
Quem tiver interesse – e coragem – de provar, saiba que em Cariacica o produtor rural Rodrigo Batista cultiva a pimenta mais ardida do mundo e a utiliza como matéria-prima na produção artesanal de molhos e geleias.
- ES é destaque em produtos com Indicação Geográfica
- Acesse nossas redes sociais: Instagram e Twitter
As sementes trazidas por Rodrigo de uma viagem aos Estados Unidos, em 2019, transformaram-se em 20 pés de Carolina Reaper. Atualmente, são 400 plantas em produção. Para conseguir manipular a pimenta e produzir os molhos e geleias, Rodrigo foi aprendendo as técnicas e segredos, depois de alguns erros. Um deles é o uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual), indispensável para evitar contato da pimenta com a pele e permitir respirar normalmente.
Rodrigo produz artesanalmente geleia tradicional que leva cebola, maçã, laranja e limão e outra com abacaxi no lugar da cebola, além da pimenta em conserva no vinagre e no azeite. Os produtos são vendidos em pequenos comércios de Cariacica e numa pedra da Ceasa.
O produtor quer expandir os negócios e produzir também mostarda, molho barbecue, ketchup e pasta básica à base da pimenta Carolina Reaper. Para isso, está ampliando o pimental. Ele tem 1.000 mudas em produção, e a meta é chegar a 5.000 pés.