País árabe foi o que mais comprou pimenta-do-reino do Espírito Santo. Foram 6,1 toneladas da especiaria em 2024
Por Kikina Sessa
O Espírito Santo lidera a produção e exportação de pimenta-do-reino no Brasil, sendo responsável por 61% da produção nacional. Além disso, a especiaria ocupa a terceira posição na pauta de exportações do agronegócio capixaba, perdendo apenas para o café e a celulose.
De janeiro a dezembro de 2024 foram exportadas mais de 35 toneladas de pimenta-do-reino do Espírito Santo, movimentando US$ 163,2 milhões. O maior comprador da pimenta capixaba são os Emirados Árabes Unidos, o país dos sheiks árabes. Para lá foram destinadas 6,1 toneladas da especiaria, cultivada principalmente em São Mateus, no Norte capixaba.
O segundo maior importador de pimenta-do-reino do Espírito Santo também é um país asiático. Trata-se do Paquistão, que comprou 5,3 toneladas do produto, seguido pelo Senegal. O país africano importou do Estado 4,8 toneladas de pimenta-do-reino.
“Isso é fruto de muito trabalho e resiliência dos produtores e das agroindústrias do Espírito Santo, que conseguem atingir mercados em todos os continentes, com produtos de qualidade e sustentáveis”, comenta o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
Cadeia produtiva
O governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), está avançando na estruturação de uma proposta de Programa de Desenvolvimento Sustentável da Pipericultura Capixaba como foco no fortalecimento da cadeia produtiva da pimenta-do-reino.


Um dos principais pilares do programa será a criação de um currículo de sustentabilidade específico para a pimenta-do-reino, inspirado no modelo bem-sucedido já aplicado à cafeicultura no Estado.
“O Espírito Santo tem um Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura, que é referência nacional e internacional pelos seus resultados. Agora, queremos replicar essa experiência positiva na pipericultura”, frisou o subsecretário de Desenvolvimento Rural, Michel Tesch.