Economia não tem mágica. Lucros e competividade são resultados de trabalhos tecnicamente adequados
Por Arilda Texeira
Cioso dizer que as estatísticas de crescimento econômico mundial são indicadores das tendências dessas economias – internas e/ou externas. Ainda que o Brasil seja um país subdesenvolvido, seus agentes econômicos precisam acompanhar a direção que segue a mundial.
Do que identificarem dessas informações, esses agentes tomam suas decisões. Delas, sairão os produtos que moverão a economia. Trajeto recorrente em economias de mercado. Entretanto, também vem sendo recorrente, os baixos níveis de crescimento econômico de países em desenvolvimento como o Brasil.
As estatísticas do PIB do G20 ratificam esse cenário. E reiteram a necessidade premente, desses países de trabalharem para gerarem ritmo para o crescimento e, principalmente, desenvolvimento econômico.
O que esperar do desempenho das economias do G20? Por que esperar? Seus PIBs, no 4º trimestre de 2023 mantiveram o ritmo de 2022, mas os resultados provisórios sugerem tendência de queda do crescimento do PIB (0,8%) do 4º trimestre de 2023, em relação ao mesmo trimestre de 2022.
No Brasil houve queda de 0,1%; Na China aumento de 1,2%; EUA aumento de 0,8%; Índia aumento de 2,1% e Turquia 1% – cabe alertar que os resultados do Brasil são os piores.
Essas estatísticas do sugerem que esse grupo manteve, em 2023, o ritmo de crescimento de 2022 – ambos baixos – Gráfico do PIB do G20. Também apontam para o baixo ritmo de crescimento do PIB (0,8%) no 4º trimestre de 2024:
PIB do G20 | |
PAÍSES EM DESVOLVIMENTO | PAÍSES DESENVOLVIDOS |
Turquia (2,4%) | Reino Unido (0,6%) |
Índia (1,9%) | Alemanha (-0,5%) |
China (1,6%) | Canadá (0,4%) |
Arábia Saudita (1,4%) | OECD (0,4%) |
Korea (1,3%) | França (0,3%) |
Indonésia (1,2%) | Itália (0,3%) |
G20 (-0,9%) | OECD (0,4%) |
Brasil (0,8%) | G20 (0,9%) |
Os percentuais de desempenho econômico das economias do G20 preocupam.
Entretanto, sabe-se que crescimento econômico, lucro, produtividade e competitividade, são resultados de execução técnica correta de atividades para atender aos mercados.
Os números indicados no gráfico acima é uma perfeita tradução do quanto atrasado está o padrão de indústria brasileiro.
Economia não tem mágica. Lucros e competividade são resultados de trabalhos tecnicamente adequados. O G20 ainda precisa avançar muito, tecnicamente, para alcançar as economias desenvolvidas.
Arilda Teixeira é doutora em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestra em Economia pela Universidade Federal Fluminense. Coordenadora dos cursos de Gestão Estratégica de Negócios e de Gerenciamento de Projetos, da Pós-Graduação da Fucape Business School. É coordenadora do Projeto PIBIC FUCAPE.