O advogado é acusado de ter recebido dinheiro em seu escritório para pagar custos de campanhas eleitorais do MDB
Ex-assessor do presidente Michel Temer, o advogado José Yunes foi detido pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (29). A prisão em caráter temporário aconteceu em São Paulo.
Além do advogado, também foi preso outro nome ligado ao presidente: o coronel aposentado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho. Mesmo assim, Temer viajou ao Espírito Santo para participar da cerimônia de inauguração do novo aeroporto de Vitória.
Yunes foi assessor especial da Presidência da República logo que Temer assumiu após o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele ficou apenas três meses no posto e saiu após a delação do ex-vice-presidente da Odebrecht Cláudio Melo Filho. O escritório de Yunes teria sido o destino de uma quantia em dinheiro em espécie para financiar campanhas eleitorais do MDB.
Em nota, a defesa do advogado, José Luis Oliveira Lima, classificou a prisão de seu cliente como “inaceitável”. Segundo ele, Yunes vinha colaborando com as investigações sobre a suspeita de que agentes públicos beneficiaram empresas do setor portuário com uma medida provisória. As informações são da Agência Brasil.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a PF restringiu a divulgação de informações a respeito da operação. A decisão foi do ministro Luis Roberto Barroso, relator do Inquérito dos Portos. Como se tratam de cautelares que ainda estão em cumprimento pela PF, para embasar investigações em curso, o MPF não divulgará, por enquanto, os nomes dos alvos dos mandados.