Ari Ferreira da Costa Filho, um dos principais operadores financeiros da quadrilha de Cabral, é alvo da ação
Na manhã desta quinta-feira (02), a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram mais uma etapa da operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio de Janeiro, que investiga esquema de desvio e lavagem de dinheiro chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral.
Agentes da PF e do MPF estão desde cedo em dez endereços, na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, no Rio. São três edifícios onde os policiais cumprem mandados de busca e apreensão e esperam encontrar Ary Ferreira da Costa Filho, que tem mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal.
Segundo a delação de um dos envolvidos, Ary Ferreira da Costa Filho, que tem vínculo de emprego com o ex-governador desde 1980, quando Cabral ainda era deputado federal, movimentou pelo menos R$ 8 milhões, por meio de uma empresa de outro envolvido no esquema para esconder que era dono de imóveis e lavava dinheiro. Os procuradores afirmam ainda que a lavagem do dinheiro se dava também com a compra de carros importados de luxo.
Sérgio Cabral foi preso no dia 17 de novembro, acusado de liderar um grupo que desviou mais de 220 milhões de reais em contratos com diversas empreiteiras empreiteiras para obras no Estado. A ex-primeira dama Adriana Ancelmo, esposa de Cabral, também foi presa, temporariamente. Cabral foi o segundo ex-governador do Rio preso no período de pouco mais de 24 horas. No dia anterior (16), Anthony Garotinho (PR) foi detido em outra operação, acusado de fazer parte de esquema de compra de votos por meio de um programa social.
Imagem: Reuters
