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terça-feira, 16 abril, 2024

PF deflagra a 36ª Fase da Lava Jato

Dois importantes operadores financeiros responsáveis pela movimentação de recursos de origem ilegal são os alvos da Operação Dragão. 

A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta quinta-feira (10), 18 ordens judiciais, sendo 16 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva. Nessa 36ª fase da Operação Lava Jato, batizada Operação Dragão, aproximadamente 90 Policiais Federais estão cumprindo as determinações da Justiça nos Estados do Ceará, de São Paulo e Paraná.

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Nesta fase da Lava Jato são investigados dois importantes operadores financeiros responsáveis por lavar dinheiro para dezenas de empreiteiras investigadas na operação,  entre elas, segundo o Ministério Público Federal (MPF), a Mendes Junior, UTC e Odebrecht. O empresário e lobista Adir Assad, que já está preso na carceragem da PF, em Curitiba, é um dos alvos dos mandados de prisão; assim como o advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou por dois anos no setor de propinas da Odebrecht e operou pelo menos 12 contas no exterior, diz o MPF. Já existe mandado de prisão preventiva aberto contra Duran desde abril, mais desde então ele está no exterior. O operador, que possui cidadania espanhola, teve o nome incluído na lista da Interpol em setembro. 

“Esses operadores fizeram do crime uma profissão. E uma profissão muito lucrativa”, afirmou o procurador Roberson Henrique Pozzobon, em entrevista em Curitiba. Segundo ele, havia praticamente uma “confraria criminosa” de operadores trabalhando para diversas empreiteiras. A dupla é suspeita de lavar R$ 56 milhões para a UTC e R$ 25 milhões para a Mendes Junior. Os valores lavados para a Odebrecht ainda não foram confirmados, porque envolveram instituições bancárias no exterior. A obtenção de documentos referentes a elas depende de acordos de colaboração, informou Pozzobon.

O novo mandado de prisão preventiva irá dificultar a liberdade de Adir Assad. Isso porque, com as “outras novas” acusações sobre ele, é menor a chance de a Justiça lhe conceder um habeas corpus, por exemplo. Adir Assad foi condenado na Lava Jato a 9 anos e 10 meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ele foi preso pela primeira vez na operação em março de 2015, na 10ª fase. No entanto, em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu prisão domiciliar a ele. Posteriormente, no dia 19 de agosto deste ano, o juiz Sérgio Moro determinou que Adir Assad voltasse à prisão.

Corrupção, manutenção não declarada de valores no exterior e lavagem de dinheiro, entre outros crimes, são praticas que vem sendo apuradas. O nome “dragão” dado à investigação policial é uma referência aos registros na contabilidade de um dos investigados que chamava de “operação dragão” os negócios fechados com parte do grupo criminoso para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de pagamentos realizados no exterior. 

Na cidade de Jaguarauana, no Ceará, está sendo cumprido um mandado de busca e apreensão. Na capital paulistana, são sete mandados de busca e apreensão, enquanto no interior do Estado são cinco mandados de busca e apreensão em Barueri e mais um em Santana de Parnaíba. E no Paraná, segundo a PF, um dos mandados de busca está sendo cumprido na Concessionária Econorte, em Londrina; e outro, em Curitiba, na Construtora Triunfo. 

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