Com previsão de investir R$ 1,2 bilhão nas desapropriações de terra para passagem da ferrovia, empresa está na fase de instrução processual para iniciar os pagamentos
Por Kikina Sessa
O processo para as desapropriações de terra ao longo dos 2.160 quilômetros do traçado da nova ferrovia que será implantada pelo Grupo Petrocity, saindo de São Mateus, Norte do Espírito Santo, ao município de Mara Rosa, em Goiás, está caminhando.
“A Petrocity já contratou uma empresa com notório saber na matéria para realizar o levantamento junto aos cartórios, com as matrículas das áreas e os proprietários, para que possamos iniciar o processo junto aos municípios e aos estados, no caso, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal”, comentou José Roberto Barbosa, presidente do Grupo Petrocity. O investimento previsto nesta fase é de R$ 1,2 bilhão.
Confira a entrevista completa
O complexo ferroviário está sendo apresentado como Corredor Centro-Leste, nas regras do novo marco ferroviário brasileiro: EF-030 – Barra de São Francisco-Brasília; EF-355 – Brasília-Mara Rosa (GO); EF-456 – São Mateus-Barra de São Francisco-Ipatinga; EF-A20 – Corumbá de Goiás-Anápolis.
De acordo com o cronograma do projeto, o início da construção e instalação das ferrovias (são quatro trechos) deve começar em 2027, sendo que em 2031 a previsão é de que esteja operando totalmente.
“Nós estamos próximos da casa de 10 mil documentos produzidos para atender o termo de referência ambiental. Nossa expectativa é de que até o início de setembro a Petrocity entregue ao Ibama o EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e o Rima (Relatório de Impacto Ambiental)”, disse o presidente.


A somatória dos valores das ferrovias estão na casa dos R$ 23 bilhões, sendo que a expectativa é de que boa parte desse valor seja abatido com incentivos, benefícios e renúncias fiscais.
“Eu penso que houve um avanço muito importante para o Brasil com a criação da alternativa das ferrovias autorizadas. Com isso, nós teremos uma facilidade muito maior para aumentar a malha ferroviária e atender melhor no transporte de carga através de trilhos do Brasil”, comenta.