Este aumento representa um lado positivo. Segundo especialista, é um possível aquecimento da economia norte-americana
A Petrobras confirmou que vai subir o preço da gasolina em 5% a partir da quarta-feira (27), e do diesel em 7%, diante de um cenário de alta para o preço do petróleo pela expectativa de avanços na descoberta de uma vacina para o novo coronavírus (Sars-Cov-2).
A empresa anunciou também aumento para o diesel marítimo, de 7,3%, e do diesel vendido para térmicas de 7,2%, para o S500, e de 7,5% para o S10, de menor impacto ambiental.
O petróleo tipo Brent, usado como parâmetro pela estatal, subia 2,08% para o contrato de agosto, cotado a US$ 36,87 o barril, depois de ter caído abaixo de US$ 20 o barril em meados de abril.
Lado positivo
Para o economista Vaner Simões, o aumento no valor dos combustíveis é um sinal de reaquecimento da economia. “O nível geral de preços está caindo, a economia está desaquecida e a taxa de juros está muito baixa. Aumentar gasolina e o diesel não vai ter repercussão imediata agora, será mais lá na frente”, disse.
Vaner acredita que este é o resultado do reaquecimento da economia norte-americana. “Em um período pandêmico, significa que a economia dos Estados Unidos está dando os primeiros passos e isso é bom porque são eles são nossos grandes parceiros. Também mostra que estamos bem em importação e exportação”, assinala.
O especialista destaca, ainda, que este pode ser um grande passo para reduzir ainda mais a deflação do IPCA e aumentar a expectativa do PIB para este ano. “É possível que quebre um pouco a pressão desse ano de redução de 5,29% do PIB. Se a economia norte-americana reage no primeiro semestre, talvez consigamos debelar um pouco a queda do PIB, que não seja tão baixa como esperávamos”, finalizou.