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quinta-feira, 28 março, 2024

Pesquisa revela perfil do Empreendedor Individual

Pesquisa revela perfil do Empreendedor IndividualDados da Pesquisa de Perfil do Empreendedor Individual, realizada pelo Sebrae com base em entrevistas com 10.585 empreendedores individuais (EI) em todas as unidades da federação, mostram que a participação das mulheres e dos jovens é maior nesta categoria do que no segmento de microempresas. O estudo também revela que o perfil de atividades inseridas no EI é mais heterogêneo. Nas microempresas, há maior concentração de profissionais do setor de comércio.

O Empreendedor Individual possui faturamento de até R$ 36 mil por ano. São consideradas microempresas aquelas com faturamento inferior a R$ 240 mil anual.

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“Os resultados mostram que o principal motivo para o empreendedor se formalizar é a vontade de legalizar seu empreendimento, o que era impossível antes da criação da figura jurídica do Empreendedor Individual”, observa o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto. “São empresários com vontade de crescer e de participar cada vez mais na cadeia produtiva, querendo chegar a ter uma micro ou pequena empresa”, afirma Barretto.

Dos cerca de 1,1 milhão de empreendedores individuais formalizados até o fim de maio deste ano, de acordo com a pesquisa, 45% são mulheres. Entre os donos de microempresas, a participação do público feminino cai para 29%. Os trabalhadores por conta própria também são mais jovens do que os microempresários. Dos EI, 61% têm menos de 39 anos. Entre os proprietários de microempresas o volume cai para 41%. De cada 100 empreendedores individuais, 12 têm menos de 24 anos, enquanto o número de donos de microempresas fica em apenas quatro a cada 100.

A distribuição dos empreendedores individuais por segmento de atuação também é mais heterogênea. Enquanto as microempresas do comércio representam 52% do total, no caso do EI os representantes deste setor equivalem a 39%. A área de serviços responde por 36 de cada 100 negócios montados por empreendedores individuais contra 33% das microempresas.
A participação da indústria no total salta de 11% para as microempresas e para 18% entre os empreendedores individuais. Já a construção civil fica em 4% para o EI e 7% para as microempresas.

Escolaridade

A pesquisa mostra que a figura do EI formaliza os trabalhadores com mais baixa escolaridade. De cada 100 trabalhadores, 83 têm, no máximo, o ensino médio ou o técnico completo. Do total, 8% cursam faculdade, 8% têm ensino superior e 1% faz uma pós-graduação. Dos que estudaram por menos tempo, 47% concluíram o ensino médio.

O morador do Distrito Federal Antônio César da Silva se enquadra no perfil da maioria dos empreendedores individuais. Com 33 anos, possui o ensino médio completo e atua no setor de serviços. Há quatro meses, Antônio se formalizou com o objetivo de trabalhar como promotor de eventos em Brasília. O dinheiro para investir na empresa foi obtido após temporada morando na Irlanda, onde estudou inglês e juntou recursos para montar o negócio próprio. “Acho que o ramo de eventos tem bom mercado em Brasília”, observa.

Assim como Antônio, 10% dos empreendedores formalizados moram em algum estado da região Centro-Oeste. A que concentra o maior volume, no entanto, é a Sudeste. Em seguida, aparecem os estados do Nordeste, que abrigam 22% do total, e do Sul, com 14% dos 1,1 milhão de formalizados. No Norte, estão 7% dos profissionais.

 

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