Instituto ligado à casa legislativa federal realizou levantamento com três mil brasileiros em janeiro, por telefone
Da Redação
Questões ligadas à saúde e à economia ocupam os primeiros índices de preocupação do brasileiro. É o que mostra uma pesquisa do DataSenado, ligado ao Senado brasileiro. O levantamento apontou insatisfação em quase 70% dos entrevistados.
Para 44% dos entrevistados, a qualidade de vida própria e da família piorou nos últimos seis meses. Para 38% permaneceu igual; e para 18% melhorou. São índices superiores aos de 2019, quando a pesquisa foi feita pela última vez. Na ocasião, foram apontadas melhorias na qualidade de vida em 31% dos entrevistados e piora para 27%.
A saúde é vista como o principal problema do país por 45% dos entrevistados. Isso representa aumento de 17 pontos percentuais em relação a 2019. O desemprego é a maior preocupação para 15%, e o custo de vida para 12%. A corrupção é o maior problema brasileiro para 11% das pessoas; a insegurança pública para 7%; e a má qualidade educacional para 6%.
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O Instituto DataSenado entrevistou três mil brasileiros, entre os dias 19 e 26 de janeiro, numa nova rodada de pesquisa sobre os principais temas em debate na sociedade brasileira. A metodologia do DataSenado é baseada em padrões da American Association for Public Opinion Research (Aapor), que determina critérios científicos, socioeconômicos e éticos de pesquisas de opinião pública nos EUA, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi feita por telefones fixos e móveis para todas as regiões do país, segundo a porcentagem populacional de cada estado e do Distrito Federal.
Democracia
À despeito do aumento da insatisfação com a vida e com o próprio funcionamento da democracia brasileira, o apoio ao regime democrático aumentou no Brasil. A democracia é vista como a melhor forma de governo por 64% das pessoas, contra 58% em 2019. Ainda assim, 59% dizem estar hoje pouco satisfeitos com os resultados obtidos pela democracia brasileira. Já 29% se definem como nada satisfeitos e só 11% se dizem muito satisfeitos.
Politização
Mais da metade dos brasileiros hoje tem interesse alto ou médio por política. 37% dizem ter interesse médio no tema, e 17% se veem como altamente interessados em política. O índice de 17% também é o dos que se avaliam como tendo interesse baixo por política e 28% dizem não ter nenhum interesse. Um total de 29% dos entrevistados diz acompanhar com muita frequência as votações do Senado.
Em relação às posições políticas, 50% disseram não ter uma preferência pré-definida, 20% se qualificaram como sendo de direita, 15% de esquerda e 11% de centro.
Auxílio
A maior parte da população brasileira apoia o papel do Estado no combate à pobreza. Para 60%, o governo deve definir uma política permanente de transferência de renda aos mais pobres. Enquanto isso, 34% apoiam políticas como essa apenas em situações de crise. Só 4% disseram que não deve haver nenhuma política de transferência de renda.
Meio ambiente
Dos entrevistados pelo DataSenado, 70% avaliam que o patrimônio ambiental e ecológico brasileiro não vem sendo bem preservado. Enquanto 29% avaliam que essa política vem sim produzindo resultados efetivos. Mas de forma geral, para 90% dos entrevistados, as questões ligadas às mudanças climáticas devem ser tratadas seriamente pelo Estado brasileiro. Só 9% dos entrevistados acreditam que este problema não deve ser uma prioridade.
Com informações da Agência Senado.