Restos mortais do líder cubano percorrerão o sentido inverso da “Caravana da Liberdade”, que marcou a derrubada de Batista em 1959.
O Governo cubano prevê uma carreata de, aproximadamente, mil quilômetros com as cinzas do líder revolucionário Fidel Castro, que morreu às 22h29 da última sexta-feira (25), já madrugada de sábado no Brasil (1h29). A peregrinação por 13 províncias da ilha – realizada no sentido inverso da “Caravana da Liberdade”, que marcou a derrubada de Batista em 1959 – faz parte de um ritual com duração de nove dias, para se despedir de Fidel, antes das cinzas serem depositadas no maior cemitério de Santiago de Cuba, em 4 de dezembro.
O governo de seu irmão, Raúl, nomeou uma comissão especial para organizar os funerais, que teve início com a cremação do corpo no sábado passado, atendendo pedido de Fidel. As cinzas ficaram expostas na segunda e na terça-feira, no memorial José Martí, na Praça da Revolução, em Havana, onde a população pode prestar sua homenagem, segundo um comunicado oficial.
Na mesma terça-feira (29), às 19h locais (22h de Brasília), Havana se despediu do histórico dirigente com um ato que reuniu multidões, mais de dois milhões de pessoas, na Praça da Revolução, coração político de Cuba, onde Fidel fez muitos de seus famosos e demoradíssimos discursos.
As filas foram quilométricas para passar pelo caixão onde estão depositadas as cinzas. As pessoas que passavam pelo local deviam assinar um livro de presença. Nesta quarta-feira teve início a caravana, uma peregrinação das cinzas por 13 províncias da ilha.
Imagens: Reprodução Governo Cubano
