Parte de um prédio de 12 andares com vista para o mar desabou na madrugada desta quinta-feira, 24, na região de Surfside, em Miami, no Estado norte-americano da Flórida, matando pelo menos uma pessoa.
Equipes de resgate trabalham desde a madrugada tentando localizar possíveis sobreviventes e vítimas que estão presas sob os escombros.
O condomínio, que fica na Collins Avenue, no canto sudeste de Surfside, foi construído em 1981 e tem mais de 100 apartamentos. Algumas unidades de dois quartos são negociadas atualmente no mercado com preços entre US$ 600 mil e US$ 700 mil, segundo a polícia local (entre R$ 3 milhões e R$ 3,5 milhões na cotação atual).
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O desabamento ocorreu por volta das 2 horas (3 horas em Brasília), na parte do prédio voltada para o mar. Mais de 80 equipes do Corpo de Bombeiros, incluindo equipes especializadas neste tipo de resgate, trabalham no local desde a madrugada em busca de sobreviventes, mas, além do óbito já confirmado, autoridades antecipam que o número de mortos deve subir.
Em entrevista coletiva, o prefeito de Surfside, Charles Burkett, disse que o administrador do condomínio confirmou que muitas pessoas estavam em casa no momento do desabamento. “Isso é de partir o coração, porque não significa para mim que teremos tanto sucesso quanto gostaríamos em encontrar pessoas vivas”, disse Burkett. “O prédio está literalmente destruído.”
Ainda de acordo com o prefeito, dez pessoas receberam atendimento no local e duas foram levadas ao hospital, tendo uma delas morrido – único óbito confirmado até o momento. Ele também revelou que 15 famílias conseguiram escapar do prédio por conta própria.
“Estamos em cena, então ainda está muito ativo”, disse a sargento Marian Cruz, do Corpo de Bombeiros de Miami-Dade, à agência de notícias Associated Press. “O que posso dizer é que o prédio tem doze andares. Toda a parte de trás do edifício desabou”.
Ao Miami Herald, a Comissária de Surfside, Eliana Salzhauer, disse que cães farejadores estão sendo usados na busca por sobreviventes, mas “ninguém está comemorando ninguém sendo retirado”, disse.
A causa do desmoronamento ainda não está clara para as autoridades. Burkett afirmou que havia um serviço de manutenção sendo feito no telhado do condomínio, mas acrescentou que o mesmo era realizado em outros prédios, não acreditando que isso possa ter causado o colapso da estrutura.
Vários apartamentos da parte do prédio que permaneceu em pé ficaram expostos após o desabamento. Imagens de televisão mostraram beliches, mesas e cadeiras ainda deixadas dentro dos apartamentos danificados. Aparelhos de ar-condicionado estavam penduradas em algumas partes do prédio, onde fios agora pendiam
Fotos e vídeos da cena mostram que o colapso afetou metade da torre. Pilhas de entulho cercavam a área externa. A polícia bloqueou as estradas próximas e dezenas de veículos de bombeiros e resgate, ambulâncias e carros da polícia invadiram a área.
Com informações da Agência Estadão