Findes, Petrobras e governo do Estado assinaram protocolo de intenções para avaliar produção de hidrogênio de baixo carbono para descarbonização das indústrias do Estado, reduzindo emissões de gases de efeito estufa
Por Redação
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), a Petrobras e o governo do Estado assinaram um protocolo de intenções para estudos de projetos de CCUS (captura, armazenamento e uso de CO2) e hidrogênio de baixo carbono.
Um dos objetivos é avaliar a viabilidade para implantação de um HUB de CCUS e facilidades para produção de hidrogênio de baixo carbono para descarbonização das indústrias do Estado.
O Espírito Santo detém setores industriais importantes e a Petrobras possui infraestrutura instalada no Estado que pode ser aproveitada para projetos de CCUS, além de deter amplo conhecimento geológico sobre a bacia da região. Existe um planejamento inicial para instalação dos equipamentos de movimentação de CO2 em áreas próximas ao litoral capixaba, bem como na porção marítima para se chegar aos reservatórios de armazenamento. A Petrobras será responsável pelos investimentos em dutos, estações de compressão e poços para armazenamento do CO2, e futuramente pela operação deste hub.
O Estado tem a meta de ser Net Zero em emissões até o ano de 2050, detalhada no Plano de Descarbonização lançado em 2024. A solução de CCUS está entre as diretrizes que o ES buscará para atingir tal meta. A Petrobras também já conta com parcerias com empresas locais na busca da viabilização dos projetos de CCUS. A discussão entre o setor privado e o poder público faz parte dos esforços na busca pelas soluções de descarbonização, algo essencial na busca pela transição energética justa.
“A Petrobras é a empresa que mais captura CO2 no mundo, com cerca de 25% do total no ano passado. Esta experiência nos qualifica para projetar e construir hubs para CCUS, uma tecnologia fundamental para alcançarmos as metas de redução das emissões de gases de efeito estufa até 2050, e assim contribuirmos para o enfrentamento da crise climática e para a promoção de uma transição energética justa. O protocolo assinado hoje é uma importante iniciativa para a companhia, que avalia outras oportunidades de projetos em todo o país. Temos reduzido as emissões de GEE e identificamos sinergias com o estado do Espírito Santo”, afirmou o gerente executivo de Transição Energética da Petrobras, William Nozaki.
Para a Findes, fazer parte dessa iniciativa é de extrema relevância, uma vez que ela vai ao encontro do que a indústria vem buscando cada vez mais: buscar soluções que contribuam para um futuro de baixo carbono e que fortaleçam o movimento de transição energética no Estado e país.
“Acreditamos que, a partir desse acordo, conseguiremos de forma conjunta identificar oportunidades comerciais e gerar potenciais parcerias que estejam alinhadas às estratégias de diversificação da matriz energética e descarbonização. A indústria tem cada vez mais liderado essa agenda e a Findes é uma grande entusiasta e estimuladora do desenvolvimento de tecnologias e inovações que contribuam para tornar os negócios mais eficientes, produtivos e sustentáveis”, destacou Paulo Baraona, presidente da Federação.
Para o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, o protocolo assinado com a Petrobras representa um marco estratégico importantíssimo para o desenvolvimento sustentável e para a transição energética mais limpa para o Espírito Santo, além de alavancar projetos e estudos que possibilitem consolidar o Estado como um polo industrial verde.
“É fundamental construirmos caminhos colaborativos e seguros de produção do hidrogênio sustentável e de consolidar ideias e inovações para captura, utilização e armazenamento de carbono. E o Espírito Santo vem construindo este fluxo de trabalho, com políticas públicas de promoção de energias renováveis, consolidando parcerias sólidas e criando oportunidades econômicas. Um compromisso assumido pelo Governo do Estado na Conferência do Clima, em Glasgow, de promover desenvolvimento com emissões líquidas zero de CO2 até 2050”, explicou o secretário.