A equipe de Abel Ferreira jogou bem, venceu por 1 a 0, lutou, mas acabou eliminado
O gol do Palmeiras no início tornou possível o sonho da virada diante do Flamengo pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Mas era preciso um jogo perfeito para tirar a diferença de dois gols da partida de ida para se classificar nesta quarta-feira, no Allianz Parque. A equipe de Abel Ferreira jogou bem, venceu por 1 a 0, lutou, mas acabou eliminado.
Abel foi expulso no final do segundo tempo por gesto obsceno, de acordo com interpretação do árbitro de vídeo. Foi a primeira expulsão do treinador na temporada.
Apesar da frustração pela eliminação, a atuação vibrante traz confiança para os confrontos com o Botafogo pela Libertadores, atenuando a má campanha recente de três derrotas e um empate. A equipe foi aplaudida no final do jogo.
O Palmeiras não foi o mesmo time apático e lento dos últimos jogos. Houve uma clara mudança de atitude e postura. A equipe trocou a cadência por um jogo mais objetivo e urgente. Resgatou a confiança de tantas conquistas. Com esse dinamismo, o time inflamou a torcida e abriu o placar aos 8 minutos, com gol de cabeça de Vítor Reis.
Abel Ferreira apostou na formação com três zagueiros para dar segurança para o avanço dos laterais e soltar os meias. A jogada de mestre foi recuar Raphael Veiga para que tivesse mais espaço para criar. É como se ele tivesse trocado a camisa 10 pela 8. Essa saída já havia sido ensaiada no empate com o Inter. Novamente deu resultado.
O Palmeiras vive uma fase tão vencedora que só precisou reverter uma única vez uma derrota por dois ou mais gols de diferença nos quatro anos de Abel. Foi em março de 2022, no final do Campeonato Paulista. E tinha conseguido.
Com menor ímpeto, o time teve chances para alcançar a sonhada virada, com uma cabeçada de Murillo na trave, e a cabeçada de López que virou gol anulado por centímetros pelo árbitro de vídeo.
O time não conseguiu repetir o feito porque esbarrou em um rival que não ficou apenas se defendendo. Prova disso foi o chute de Pulgar que ficou raspando aos 10 da etapa final.
Além disso, alguns problemas persistiram. O time sofreu com a ausência de jogadores lesionados, como Estêvão. Faltou o drible para furar uma defesa obviamente fechada. Também pesa a má fase técnica de alguns jogadores, como Rony. A torcida acreditou até o último lance e aplaudiu o time no final. (Agência Estado).