O relatório divulgado nesta quarta-feira (27) aponta a necessidade de um esforço global das economias desenvolvidas para enfrentar o problema.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou que os países pobres serão incapazes de fazer frente sozinhos aos efeitos econômicos do aquecimento global. A entidade divulgou um relatório nesta quarta-feira (27). O documento prevê uma perda estimada de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) per capita até 2100.
“Se não houver esforços globais para frear as emissões de carbono, o previsto aumento na temperatura suprimirá cerca de uma décima parte do PIB per capita dos países de baixos investimentos para finais do século XXI”, apontou o FMI. O trecho está em um dos capítulos analíticos do relatório Perspectivas Econômicas Globais.
As projeções foram divulgadas pela Agência EFE. Os cenários considerados são conservadores e preveem o aumento de 1 grau centígrado na temperatura destes países. Para o FMI, isso significa menor produção agrícola e esfriamento dos investimentos e danos à saúde.
O documento enfatiza que “dado que as economias avançadas e emergentes são as que contribuíram em grande medida ao aquecimento global e devem continuar nesse caminho, ajudar os países de baixos investimentos a encarar suas consequências é um imperativo humanitário e uma sensata política econômica global”.
Um dos principais problemas é que “as políticas domésticas destes países não são suficientes” para protegê-los das mudanças climáticas.
Cerca de 60% da população mundial vive em países onde o aquecimento global provavelmente produzirá estes “efeitos perniciosos”. A informação foi atestada pelo FMI.
O FMI apresentará o seu relatório completo, com as novas projeções de crescimento global, no marco de sua Assembleia Anual. O evento acontece em Washington, entre 10 e 15 de outubro. Participam os ministros da Economia de 189 países-membros.
