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quinta-feira, 5 DE dezembro DE 2024

País precisa investir R$ 110 bi até 2035 para melhorar segurança hídrica, diz ANA

O Brasil precisa investir R$ 110 bilhões até 2035 para melhorar a segurança hídrica das cidades brasileiras, segundo o mais recente levantamento feito pela Agência Nacional das Águas (ANA) publicado na segunda edição do Atlas Águas, onze anos após a primeira edição. De acordo com o estudo, apenas 7 milhões de brasileiros vivem em cidades com segurança hídrica máxima, e somente 667 cidades, de um total de 5.570 contam com um sistema de água eficiente.

Por Denise Luna (Agência Estadão) 

Em termos de perdas no abastecimento de água, nenhum município brasileiro está na Classe A1, a mais eficiente segundo a classificação internacional, revela o estudo.

Em sua segunda edição, o Atlas Águas apresenta um novo índice de segurança hídrica para todos os municípios do Brasil, levando em consideração tanto o Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNSH) quanto as recentes crises hídricas ocorridas em diferentes regiões do País.

O levantamento aponta que 77,3 milhões de brasileiros (36% da população urbana) vivem em 1.975 cidades com abastecimento de água classificado com segurança hídrica média; 50,8 milhões em 785 cidades com segurança hídrica baixa ou mínima; 50,2 milhões em 2.143 sedes urbanas com alta segurança hídrica; e apenas 7 milhões com segurança hídrica máxima.

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Segundo a ANA, os investimentos projetados até 2035 deverão ser focados na infraestrutura de produção e distribuição de água, reposição de ativos dessas infraestruturas, controle de perdas e medidas voltadas para a gestão da água. As regiões Sudeste e Nordeste receberiam 76% do total a ser investido, informa a ANA, por terem maiores contingentes populacionais.

O trabalho da agência constatou que quase metade das cidades brasileiras (44%) têm fontes de captação de água vulneráveis que atendem a 5,8 milhões de habitantes, enquanto 56% das cidades possuem mananciais não vulneráveis no aspecto de segurança hídrica, eventos críticos (como secas e enchentes), mudanças climáticas e resiliência – totalizando uma população de 105,6 milhões de pessoas.

Em 39% das cidades há sistemas produtores de água satisfatórios, em 42% são necessárias ampliações das unidades e em 19% há necessidade de adequações nos sistemas, informa a ANA.

Com relação às perdas de água no abastecimento, o Atlas indica que 22% das cidades brasileiras utilizam os recursos hídricos de modo ineficiente, 13% necessitam reduzir vazamentos, 19% têm potencial para melhorias significativas no tema e 46% precisam realizar avaliações para confirmar a efetividade das melhorias nos índices de perdas.

“Sobre os índices de cobertura do abastecimento, 3.574 cidades têm índices superiores a 97%; 725 possuem cobertura entre 90% e 97%; 732 sedes urbanas registram um patamar de 70% a 90%; enquanto 539 apresentam índice inferior a 70%”, informa o Atlas.

*Com informações da Agência Estadão 

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