26 C
Vitória
sexta-feira, 29 março, 2024

Operações do Brasil com exterior têm saldo negativo recorde em janeiro

Operações do Brasil com exterior têm saldo negativo recorde em janeiroO Brasil registrou em janeiro um saldo negativo de US$ 7,086 bilhões nas transações correntes, que são as operações do país com o exterior, incluindo gastos com viagens internacionais, entre outros. O resultado é o pior já registrado desde o início da série histórica, iniciada em 1947. A informação foi divulgada pelo Banco Central nesta quinta-feira (23).
No acumulado em 12 meses encerrados em janeiro, esse saldo negativo representa 2,17% do Produto Interno Bruto (PIB).
O BC informou ainda que os investimentos estrangeiros diretos no país somaram US$ 5,433 bilhões em janeiro, insuficientes para cobrir o rombo da conta corrente no mês passado. “Há uma tendência de ampliação do deficit que reflete o crescimento da economia e, portanto, a maior demanda por parte de brasileiro por bens e servicos do exterior seja para consumo, para bens de capital ou investimento”, afirmou o chefe do departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.
As despesas com viagens internacionais tiveram saldo negativo de US$ 1,335 bilhão em janeiro passado, enquanto que as remessas de lucros e dividendos ficaram negativas em US$ 981 milhões no período.
Em janeiro de 2011, essas contas haviam mostrado saldo negativo de US$ 1,177 bilhão e US$ 1,879 bilhão, respectivamente.
A despesa com juros ficou negativa em US$ 1,627 bilhão, contra um deficit de US$ 1,879 bilhão em janeiro de 2011.
No mês passado, o investimento de estrangeiros em ações negociadas no país atingiu US$ 4,291 bilhões, contra US$ 732 milhões de um ano antes. Títulos em renda fixa negociados no país ficaram positivos em US$ 555 milhões, contra um deficit de US$ 470 milhões no mesmo período do ano passado.

Compensação
No mês passado, o BC previa que o deficit em conta corrente do país ficaria em US$ 6,7 bilhões em janeiro, quase 50% superior ao IED esperado para o período, de US$ 4,5 bilhões.
O descasamento deve ser a regra neste ano, com o IED não conseguindo financiar o deficit em conta corrente integralmente. Para este ano, a autoridade monetária prevê que o investimento produtivo de for a somará US$ 50 bilhões, enquanto que o deficit em conta corrente ficará em US$ 65 bilhões.
As remessas de lucros e dividendos feitas por multinacionais instaladas no país têm sido uma das principais razões para o rombo nas contas externas brasileiras. Em dezembro, por exemplo, as remessas somaram US$ 4,741 bilhões, chegando a US$ 38,166 bilhões em 2011 todo.
Com isso, o país fechou dezembro com deficit em transações correntes de US$ 6,040 bilhões, sendo que, no ano passado todo, o rombo atingiu US$ 52,612 bilhões, contra US$ 47,323 bilhões em 2010. Apesar do salto, os investimentos produtivos foram suficientes para cobrir o déficit no período.

- Continua após a publicidade -

 

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA