“A queima de combustíveis fósseis está nos matando. As mudanças climáticas são a principal ameaça de saúde que a humanidade enfrenta”
Por Patricia Scott
A Organização Mundial da Saúde e cerca de três quartos dos profissionais de Saúde do mundo pediram que os governos adotem mais ações pelo clima na conferência global COP26. Eles sinalizaram que mais iniciativas nesse sentido podem salvar milhões de vidas ao ano.
O relatório da agência sanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas aponta que os benefícios de ações ambiciosas em relação ao clima superam de longe seus custos. “A queima de combustíveis fósseis está nos matando. As mudanças climáticas são a principal ameaça de saúde que a humanidade enfrenta”, afirmou a OMS.
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Anteriormente, a OMS ressaltou que cerca de 13,7 milhões de mortes por ano, ou seja cerca de 24,3% do total global, ocorreram devido aos riscos ambientais como a poluição do ar e a exposição a químicos. Não está claro exatamente quantos dessas mortes estão diretamente ligados às mudanças climáticas. No entanto, a diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira, destacou que cerca de 80% das mortes por conta da poluição do ar poderiam ter sido prevenidas se suas orientações fossem cumpridas.
De acordo com Diarmid Campbell-Lendrum, diretor da unidade de Mudanças Climáticas da OMS, as mudanças climáticas também impulsionam algumas doenças infecciosas como, por exemplo, a dengue e a malária, causando mortes em algumas das regiões mais pobres do planeta. “Nossa saúde não é negociável: estamos indo para negociações sobre o clima, estamos negociando muitas coisas, mas a vida de uma só criança, seja ela perdida para a poluição do ar ou para as mudanças climáticas, não é algo que deveria estar na mesa”.
Com informações Agência Brasil (AB)