Possibilidade iminente de federação entre os partidos altera cenários na política capixaba
Por Robson Maia
Após a confirmação da movimentação para consolidar a Federação entre Progressistas (PP) com o União Brasil, o cenário capixaba deverá ter uma nova configuração. Após disputas pela presidência estadual nas siglas, o comando deverá ficar com o deputado federal Da Vitória, que atualmente preside o PP.
A união entre as siglas de centro e centro direita mudará a configuração de Legislativos e Executivos, por exemplo. Na Assembleia Legislativa, por exemplo, a federação passaria a ter ⅙ dos deputados estaduais, com cinco cadeiras. O presidente da Casa, Marcelo Santos, ao lado de Denninho Silva e Dr. Bruno Resende, são os nomes do União Brasil no Congresso estadual. Já o PP é dono de duas cadeiras, com Marcos Madureira e Raquel Lessa.
Ainda no cenário estadual, 13 prefeituras capixabas ficariam sob o comando da Federação, com o União Brasil se “beneficiando” neste caso. Isso porque o partido venceu somente em uma Prefeitura, apesar de “comandar” duas: Marcos Guerra foi eleito em Jaguaré, enquanto Euclério Sampaio foi eleito em Cariacica pelo MDB, mas está retornando ao União Brasil após a disputa.

Já o PP comanda, atualmente, 12 prefeituras capixabas: Afonso Cláudio (Luciano Pimenta), Águia Branca (Jailson Quiuqui), Alegre (Nirrô), Alfredo Chaves (Hugo Luiz), Aracruz (Dr. Coutinho), Cachoeiro de Itapemirim (Theodorico Ferraço), Dores do Rio Preto (Thiaguinho), Governador Lindenberg (Leonardo Finco), Guaçuí (Vagner Rodrigues), Marechal Floriano (Lidiney), Pancas (Guima) e Vila Valério (Davi Ramos).
No cenário nacional, no recorte capixaba, sem mudanças. O PP possui duas das dez cadeiras do Espírito Santo no Congresso Nacional, com os deputados Evair de Melo e Da Vitória. No entanto, a força do novo bloco pode significar maior influência nas decisões nacionais.

Isso porque caso a federação entre PP e União Brasil se concretize, o grupo político será o maior da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, ultrapassando o PL, de Jair Bolsonaro, atual maior bancada. No Senado, as bancadas do Progressistas e do União totalizam 13 senadores.
No início das negociações, ainda no ano passado, a eventual federação contaria com o Republicanos. A sigla decidiu, no entanto, não seguir nas discussões. Agora, o partido costura a possibilidade de uma fusão com o PSDB, o que ampliaria ainda mais a margem de deputados no cenário estadual e nacional.


Disputas no União no passado
No passado recente, lideranças internas do União protagonizaram disputas internas pela presidência do partido.
O ex-deputado federal e secretário de Estado, Felipe Rigoni, presidiu a sigla em meio a especulações após a chegada de Marcelo Santos à sigla, ainda no fim de 2024. A permanência de Rigoni chegou a ser confirmada por meio de nota oficial divulgada pelo presidente nacional da legenda, Antônio de Rueda.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/A/3/iZkFTFRkqILi8PzDKxBQ/whatsapp-image-2024-09-01-at-16.24.45-1-.jpeg)
Após negociações para o retorno de Euclério Sampaio ao partido, à presidência da legenda seria ocupada pelo prefeito de Cariacica, contudo, a possibilidade da federação com o PP pode alterar o cenário.