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quinta-feira, 28 março, 2024

O passado ensina e o futuro desafia

Discutimos nosso desempenho e na maioria das vezes lamentamos nossos insucessos do passado/presente, ao mesmo tempo nos colocando em dúvida em relação ao futuro

Por Getulio Apolinário Ferreira

A juventude lúcida e inquieta se mobiliza na busca de soluções para o seu caminho e projetos, e entre eles está a porta do aeroporto com destino a países com melhores oportunidades.

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Exemplos de superação não faltam, como o caso do Japão no pós guerra quando os gurus da gestão, W.Edwards Deming e Joseph M. Juran trabalharam fortemente no reerguimento do país a partir de uma nova mentalidade gerencial junto aos líderes empresariais japoneses. A questão básica estava no lema “vencer a crise”.

Nossa pergunta básica: Temos uma guerra? Existe uma crise forte e persistente?

Podemos dizer que temos uma guerra um tanto diferente do Japão nos anos 50, mas trata-se de uma guerra onde registramos índices baixíssimos na educação, produtividade do trabalho, inovação, produtividade empresarial, competitividade, segurança…. entre outros indicadores estratégicos. É uma guerra que nos lembra a fábula do “sapo fervido”, ou seja, aquela condição em que as coisas vão piorando, piorando e o povo se acostumando até o momento final quando não há mais saídas.

Nosso propósito nesse artigo é gerar uma nova esperança, ou seja, por pior que sejam as condições sempre há uma saída para um país, uma empresa, uma organização pública e ou uma família que gerencia a vida com olhos voltados para o futuro. Apresentamos a seguir uma receita básica em 14 princípios da gestão e liderança eficaz – Veja o nosso “SAINDO DA CRISE”:

  1. Estabeleça constância de propósitos para a melhoria de tudo que você faz, objetivando tornar-se competitivo e manter-se em atividade.
  2. Adote a nova filosofia. Estamos numa nova era econômica. Acabe com o desperdício que está em todos os lugares. Pare de perder!
  3. Introduza o conceito e prática da qualidade em tudo que você faz e não confie apenas na verificação e inspeção.
  4. Não adquira coisas e serviços apenas pelo preço, considere a importância da qualidade, durabilidade e resultados. Tenha especial cuidado com compras pela internet.
  5. Melhore constantemente tudo aquilo que você ou a organização produz envolvendo e comprometendo todos com a produtividade em tudo que se faz.
  6. Institua a educação e treinamento de forma contínua. Não há saída para a ignorância no mundo moderno.
  7. Institua liderança. O objetivo da liderança deve ser o de ajudar as pessoas executarem um trabalho melhor.
  8. Elimine o medo, de tal forma que todos possam agir e trabalhar de modo eficaz e integrados (sinergia).
  9. Elimine as barreiras entre setores. As pessoas devem trabalhar conectadas e em equipe em todos os sistemas e organizações.
  10. Elimine lemas e exortações que não promovam a qualidade de vida das pessoas e por conseguinte das organizações.
  11. Não confunda produção (números) com a qualidade. São diferentes, porém complementares.
  12. Remova barreiras que privam as pessoas de seu direito de orgulhar-se de seu desempenho. Institua a meritocracia como base para a motivação.
  13. Institua um forte programa de educação e autoaprimoramento. Utilize fortemente os recursos informatizados e aplicativos digitais para facilitar a transmissão de conhecimentos.
  14. Estabeleça novas metas e desafios a partir do compromisso de todos os envolvidos, lembrando que o futuro é construído no presente. Mãos à obra.

Em tempo: Estes princípios foram disseminados no Japão nos anos 50. Será que estão velhos demais para o enfrentamento da nossa “guerra”?

Getulio Apolinário Ferreira é Engenheiro Mecânico, Vice presidente da União Brasileira para a Qualidade e Inovação – UBQI ES, Membro da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ, e Superintendente da Fundação Espírito-santense de Tecnologia – FEST. Autor de livros pela Qualitymark Editoria – RJ.

Este artigo foi publicado originalmente em 23 de Janeiro de 2018, no portal da Revista ES Brasil. As pessoas ouvidas e/ou citadas podem não estar mais nas situações, cargos e instituições que ocupavam na época, assim como suas opiniões e os fatos narrados referem-se às circunstâncias e ao contexto de então.

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