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quinta-feira, 28 março, 2024

Novo Momento do Setor de Rochas Ornamentais Capixaba

Detentor do maior polo processador de rochas ornamentais do país, o Espírito Santo abriga cerca de 1.600 empresas em toda sua cadeia produtiva, gera cerca de 25 mil empregos diretos e 100 mil indiretos

Por Ed Martins

O setor de rochas ornamentais inaugurou um novo capítulo da sua história no primeiro semestre deste ano com a assinatura de um convênio setorial firmado entre o Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para promoção dos produtos brasileiros no mercado internacional. Desde então, houve a materialização de um trabalho iniciado pelos sindicatos do setor de rochas ornamentais que representam o segmento nos estados que juntos representam mais de 95% das exportações, sendo eles o Sindirochas/ES, SinRochas/MG e Simagran/CE, unidos e em parceria com o Centrorochas, porta-voz nacional do setor. O movimento #JuntosSomosMaisFortes foi iniciado há dois anos e, desde então, vimos como essa união de forças tem sido importante para toda cadeia.

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O Sindirochas sempre contou com gestões colaborativas e disruptivas, e agora, além disso, ainda tem atuado de forma conjunta com outras entidades da cadeia nacional. Idealizada e sempre conduzida por empresários capixabas, a entidade carrega uma história de atuação dedicada ao crescimento e fortalecimento do arranjo produtivo. E é com grande responsabilidade que assumo a liderança deste grupo.

Detentor do maior polo processador de rochas ornamentais do país, o Espírito Santo abriga cerca de 1.600 empresas em toda sua cadeia produtiva, gera cerca de 25 mil empregos diretos e 100 mil indiretos. O destaque do Estado abrange participação tanto no mercado externo (onde responde por cerca de 82% de todas as exportações brasileiras), quanto no interno (este mercado, estima-se, aliás, consumir duas vezes mais do que o mercado internacional).

Todo esse material precisa ser escoado, sendo assim, a logística é uma pauta recorrente em nossa agenda. Uma das frentes atuais de trabalho tem sido intervenções em busca de melhoria logística portuária. A exemplo de outros segmentos, nós temos sofrido com a falta de contêineres e navios para embarque de materiais para o exterior. Esse problema é mundial, mas devido a todas as limitações do Espírito Santo, as empresas do setor têm deixado de embarcar parcelas consideráveis de sua produção. Em junho, realizamos uma pesquisa na qual constatamos que cerca de 35% das exportações possíveis deixaram de ser feitas naquele mês. O setor tem vivido um período de ampliação de suas exportações e vendas, o que nos leva a ficar bastante apreensivos com tudo o que está acontecendo.

A atuação colaborativa inclui parceria com várias instituições, sempre buscando mudanças positivas para o segmento como a existente junto a FAPES, UFES, IFES e CETEM, que, após demanda do Sindirochas e com pedido feito à primeira, teve recursos liberados para o desenvolvimento de um projeto para utilização do FIBRO (Fino do Beneficiamento de Rochas Ornamentais). O termo FIBRO é a denominação estabelecida para os resíduos produzidos pelas indústrias do setor. O tema vem sendo tratado em diversas frentes com o mesmo objetivo: encontrar alternativas para que ele possa ser utilizado de maneira normatizada e não apenas em casos excepcionais.

E assim seguimos trilhando novos caminhos, com o bom e velho hábito do trabalho colaborativo.

Ed Martins é presidente do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Estado do Espírito Santo (Sindirochas)

 

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