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quarta-feira, 24 abril, 2024

Neurocirurgiões do Hospital Central realizam procedimento raro no ES

As equipes de neurocirurgia e cirurgia vascular realizaram a retirada de tumor glômico carotídeo raro em um paciente de 74 anos 

Por Wesley Ribeiro 

As equipes de neurocirurgia e cirurgia vascular do Hospital Estadual Central Doutor Benício Tavares Pereira (HEC), localizado em Vitória, se uniram para a realização de um procedimento raro na instituição: a retirada de um tumor glômico carotídeo. O procedimento foi realizado na última quinta-feira, 6 de janeiro, em um paciente de 74 anos.

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Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-ES), essa a terceira vez que o caso é diagnosticado e devidamente abordado cirurgicamente em 12 anos de funcionamento da unidade.

O procedimento, que durou aproximadamente cinco horas, reuniu sete profissionais das duas especialidades, por se tratar da ressecção de um tumor muito vascularizado, envolvendo os vasos da região cervical e nervos.

O tumor glômico carotídeo é um câncer neuroendócrino raro que se origina de células presentes na bifurcação da artéria carótida, também conhecidos como paragangliomas não cromafins ou tumor de corpo carotídeo. São células especiais, especializadas como quimioceptores, ou seja, regulam a pressão sanguínea arterial.

Tecnologia 4k

A cirurgia contou com estimulação neurológica e uso do microscópio cirúrgico TIVATO™ 700, que permite longo alcance, flexibilidade e liberdade de posicionamento, garantindo a realização de procedimentos visuais muito mais rápidos e confiáveis graças ao seu alto desempenho e resolução de imagem com tecnologia 4k.

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Equipes de neurocirurgia e cirurgia vascular do Hospital Central – Foto: Divulgação/Asscom

O paciente de 74 anos foi acometido por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em decorrência do tumor. De acordo com o cirurgião vascular, Claudio de Melo Jacques, um dos responsáveis pela cirurgia, esse tipo de tumor invade e comprime os vasos, estreitando-os.

“Apesar de benigno, ele precisou ser retirado, pois apresenta características invasivas, afetando a circulação local”, informou.

O médico explicou ainda que esse não é um procedimento comum de ser realizado no Estado. “Essa abordagem conjunta, com neurocirurgiões e cirurgiões vasculares, não acontece com frequência e, com a utilização de todo esse aparelhamento, é mais raro ainda. O que fizemos aqui, com todos os recursos utilizados, também não é feito em muitos lugares do Brasil”, disse.

Segundo a Sesa-ES, o paciente encontra-se estável e se recupera na unidade de terapia intensiva (UTI) do HEC sem o auxílio de oxigênio.

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