Cada vez mais presentes no mercado de trabalho, as mulheres já são responsáveis por 35,8% das unidades domésticas no Espírito Santo. É o que apontou o Censo 2010, divulgado pelo IBGE na última quarta-feira (16). Segundo o estudo, havia no Espírito Santo cerca de 1.101.394 unidades domésticas, com um número médio de 3,2 moradores cada uma.

Do total de indivíduos investigados, 36,7% eram responsáveis pela unidade doméstica (no Brasil o valor era de 30,1%). Desses, 64,2% eram homens (708.348) e 35,8%, mulheres (395.714). A maioria dos responsáveis (61,6%) tinha acima de 40 anos de idade, sendo 50,2% dos responsáveis tinham idade igual ou superior a 45 anos.

A distribuição do total de unidades domésticas pelos diferentes tipos de constituição mostra que, em 2010, 67,0% eram formadas por responsável e cônjuge ou companheiro(a) de sexo diferente (cerca de 740 mil unidades). O Censo 2010 abriu a possibilidade de registro de cônjuge ou companheiro de mesmo sexo do responsável, o que se verificou em algo em torno de 1.064 unidades domésticas no estado, ou cerca de 0,1% do total (o mesmo que a média nacional).

O Censo 2010 também investigou a possibilidade de haver mais de uma pessoa responsável pela unidade doméstica. Em caso afirmativo, foi solicitado que se elegesse uma delas para o preenchimento dos dados de relação de parentesco dos demais membros da unidade doméstica. No Espírito Santo, quase 1/3 das unidades domésticas tinha mais de um responsável (30,9%). O percentual era pouco maior na zona urbana (31,0%) que na zona rural (30,2%), e a taxa de alfabetização era um pouco maior para os responsáveis pelo domicílio que compartilhavam a responsabilidade (92,2%) do que para aqueles que não compartilhavam (88,6%). Cerca de 90,9% dos homens responsáveis pelo domicílio eram alfabetizados, enquanto que para as mulheres o percentual era de 87,5%.

Ao se segmentar por sexo, no Espírito Santo o homem aparece de forma mais recorrente como a pessoa responsável pela unidade doméstica (40,9% dos homens). A mulher, por sua vez, é mais representativa como cônjuge ou companheira (33,1% das mulheres), enquanto apenas 8,7% dos homens aparecem nessa condição.