Na proposta de Reforma Tributária apresentada pelo Ministério da Economia, a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) poderá subir dos atuais R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil
Por Samantha Dias
Nas palavras do ministro da economia, Paulo Guedes, “estamos fazendo a reforma tributária onde vamos reduzir os impostos dos assalariados. Estamos tributando rendimentos de capital porque o Brasil é um país de renda média baixa, e os impostos estavam concentrados em cima dos assalariados, em vez de tributarmos quem vive de dividendos, que são os rendimentos do capital”, explicou o ministro.
Paulo Guedes disse também que “são 30 milhões de brasileiros assalariados que pagarão menos imposto de renda porque, pela primeira vez, estamos tributando os ganhos e rendimento de capital”.
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Pela proposta apresentada de mudança na faixa de isenção do IR, quem ganha menos pagará menos imposto. Para o governo federal, a medida significa mais dinheiro na mão dos trabalhadores, o que é importante para impulsionar o consumo neste momento de retomada da economia, ajudando a recompor parte da renda perdida com a Covid-19.
O economista Mário Vasconcelos concorda que a mudança na faixa de isenção do IR é justa, e que pode ajudar a parcela da população que ganha menos.
Mas ele pondera: “O que o governo deveria priorizar, que pesa bastante para os consumidores, são os impostos indiretos, os impostos que incidem sobre os bens de consumo, serviços, nas mercadorias também. Quando você compra um produto de supermercado, por exemplo, o imposto é alto naquele produto. 45% do valor da conta de energia é imposto. É muito elevado”.
Vasconcelos destacou, ainda, que a carga tributária compromete mais o orçamento de quem ganha menos, ou seja, pesa mais para quem ganha menos. “Tributar o dividendo é a forma mais justa, pois significa tributar quem ganha mais, para compensar também o elevado imposto indireto”.