A instituição recebeu imagens que mostram pedras jogadas por tratores na área de preservação permanente às margens do Rio Doce
O MPF teve acesso a um vídeo em que é possível ver pedras e rejeitos da obra sendo jogados por tratores no leito do Rio Doce. No percurso do barranco, várias pedras foram se acumulando e formaram uma espécie de cortina até o rio.
Uma comunicação oficial foi encaminhada ao Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). O Ministério Público pede para que o órgão realize fiscalização no local e verifique a regularidade ambiental da obra. Além disso, pede que seja realizado o levantamento dos eventuais danos ambientais provocado pelo lançamento das pedras.
“As pedras lançadas atingiram a área de preservação permanente do Rio Doce e pode ter afetado a fauna silvestre e aquática no local. O parecer do órgão ambiental vai permitir a verificação mais precisa dos danos”, diz o despacho do procurador da República em Colatina, Malê de Aragão Frazão.
Queda de barreira
O Ministério Público também está fiscalizando os trabalhos para a remoção dos escombros. A queda da barreira aconteceu no dia 6 de fevereiro. Os engenheiros do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) elaboraram um relatório de vistoria. A equipe constatou que não basta remover o material que caiu sobre a pista.
Estão sendo realizadas obras de contenção dos taludes remanescentes. As ações envolvem também remoção do entulho, desmonte de rochas, instalação de tela metálica, tirantes e injeção de nata de cimento. Também haverá a necessidade de estabelecer sistema de drenagem para o trecho e recomposição do asfalto.