Sérgio Bizzotto dedicou quase 47 anos ao magistrado e era membro da Academia Espírito-santense de Letras desde 1999
Por Robson Maia
Morreu, nesta terça-feira (21), o desembargador aposentado e ex-presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), Sergio Bizzotto Pessoa de Mendonça. A informação foi confirmada pela Corte e comentada pelo governador do Estado, Renato Casagrande.
No comunicado emitido nas redes sociais, o TJES confirmou a informação da morte e decretou luto. Segundo o órgão, as informações do velório e sepultamento serão comunicadas posteriormente.
“Com enorme pesar, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo informa o falecimento do desembargador aposentado Sérgio Bizzotto Pessoa de Mendonça”, diz trecho da publicação do TJES.
A morte de Bizzotto foi lamentada por lideranças políticas estaduais, dentre elas o governador do Estado, Renato Casagrande, do PSB. Nas redes sociais, Casagrande elogiou a trajetória do magistrado e decretou luto oficial de 3 dias.
“Sua carreira como advogado, membro do Ministério Público, magistrado e escritor será eternamente lembrada, deixando-nos um legado de sabedoria, ética e compromisso com a justiça”, escreveu Casagrande.
Carreira e trajetória
O magistrado teve participação marcante na história do Justiça capixaba, dedicando quase 47 anos à função. Formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), em 1970. Pós-graduado em Direito Processual Penal pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Exerceu a advocacia, foi membro do Ministério Público Estadual e, em 1974, ingressou na magistratura do Espírito Santo, tendo sido promovido a desembargador em 1996.

Vice-presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo no biênio 2002-2003, assumiu a presidência do Tribunal Regional Eleitoral em 2012-2013. Em dezembro de 2013 foi eleito presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo para o biênio 2014-2015.
Foi membro da Academia Espírito-santense de Letras desde 1999, onde ocupava a cadeira 28. Falava russo e alemão. Possuiu livros e contos escritos e publicados: “Rua da Conceição, Micarense e Pontal” (Romance); “Sereia do Pó” (Romance); Artigo sobre “Alphonsus Guimarães e o Simbolismo no Brasil”; Conto “O Cruciferário”; “Sobre Índios, Por Índios, Contra Índios” (Monografia Curso de Pós-Graduação); Aplicação do Princípio “In Dúbio Pro Reo” e “Protesto Por Novo Júri no Direito Brasileiro”.
Entre as obras publicadas por ele estão os romances “Rua da Conceição, Micarense e Pontal” e “Sereia do Pó”, artigo sobre “Alphonsus Guimarães e o Simbolismo no Brasil”; o conto “O Cruciferário”; “Sobre Índios, Por Índios, Contra Índios” (Monografia Curso de Pós-Graduação); Aplicação do Princípio “In Dúbio Pro Reo” e “Protesto Por Novo Júri no Direito Brasileiro”.