Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) de Vitória traçou o perfil dos moradores em situação de rua no município. O documento serve de base para direcionar o trabalho que já vem sendo realizado por meio de oito equipamentos disponíveis pela prefeitura para esse público
De 1º abril a 31 de maio deste ano, foram atendidas 703 pessoas pela Rede de Serviços da Escola da Vida, que incluem abordagem social, hospedagem noturna, abrigo e Centro Pop. Deste total, cerca de 70% estão integrados e acompanhados nos equipamentos oferecidos sistematicamente pela Assistência.
De acordo com o diagnóstico, 78% deles são negros e pardos. O restante, 17% dos entrevistados, são brancos. Os homens também são maioria nessa situação. Ao todo, são 77% do sexo masculino contra 23% do feminino, sendo a maior parte com idade entre 30 e 39 anos.
O levantamento revelou ainda que 47% dos entrevistados não souberam dizer o tempo que estão nas ruas, mas 22% disseram que vivem nessa situação entre 1 e 5 anos. Do total de pessoas que responderam, apenas 27% delas são de Vitória. O restante vem de outros municípios e Estados.
Ocupação
Entre os moradores em situação de rua existem guardador de carro, catador, pessoas que vivem na mercado informal, mas a maioria delas está desempregada. De acordo com a pesquisa, são cerca de 225 sem trabalho.
Álcool e crack são as principais drogas utilizadas por essas pessoas nas ruas. Em seguida vem cigarro, maconha, cocaína e tíner. E é justamente a dependência química o principal motivo para estarem nas ruas. Depois dele, vem conflitos, desemprego, violência, ameaça e negligência.
Outro dado importante é que na avaliação da equipe da Semas foram identificados que muitos possuem família, mas romperam o vínculo por ser uma relação conflituosa e fragilizada.
*Com informações da Prefeitura de Vitória