Os deputados decidem na quarta (25) se a denúncia contra Temer seguirá para julgamento no STF.
O presidente Michel Temer exonerou oito ministros de Estado que têm mandatos na Câmara Federal. O objetivo é claro: garantir que apoiadores participem da votação da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra ele.
A edição desta sexta-feira (20) do Diário Oficial da União publicou os decretos assinados pelo presidente. A sessão da Câmara para apreciar a denúncia acontece na próxima quarta-feira (25). As informações são da Agência Brasil.
Os ministros de Temer que voltam à Câmara dos Deputados são:
– Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo;
– Leonardo Picciani, ministro do Esporte;
– Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho;
– Sarney Filho, do Meio Ambiente;
– Marx Beltrão, do Turismo;
– Maurício Quintella Lessa, dos Transportes;
– Mendonça Filho, da Educação;
– e Bruno Cavalcanti, das Cidades.
A denúncia contra Temer só seguirá para o Supremo Tribunal Federal (STF) se receber o apoio de pelo menos 342 deputados. Isso equivalente a dois terços do total de 513 parlamentares da Casa, conforme determina a Constituição Federal.
CCJ rejeita denúncia
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou na noite de quarta-feira (18) a inadmissibilidade da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. O placar ficou em 39 votos favoráveis, 26 contrários e 1 abstenção.
O colegiado seguiu a opinião do parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), relator da denúncia. A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Temer pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.
Os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria Geral da Presidência, também são citados na denúncia pelo crime de organização criminosa.