Ministros dos oito países do Mercosul e da Aliança do Pacífico formalizaram na última sexta-feira (7,) um roteiro para intensificar o comércio entre os dois blocos, que inclui medidas de facilitação de comércio, eliminação de barreiras de todos os tipos e iniciativas para promover cadeias de valor na região.
A primeira tentativa de aproximação, em 2014, fracassou porque, segundo a chanceler argentina Susana Malcorra, nem nome da presidência da Mercosul, não houve “tração suficiente” para envolver todos os países. Já o ministro de Relações Exteriores do Chile, Haraldo Munõz, destacou que houve um salto qualitativo depois daquela reunião.
Embora não seja a versão oficial, especialistas indicam que o que prejudicou o acordo anteriormente foi a tendência protecionista de alguns governos. A presidente Dilma Rousseff foi contrária a um acordo entre os dois grupos de países, enquanto os da Aliança do Pacífico – Chile, Colômbia, Peru e México, s mostraram mais abertos e exigiram maior liberalização dos novos parceiros.
A maior integração latino-americana, segundo o Estado de São Paulo, é especialmente importante num momento de grandes incertezas quanto à economia internacional, com ascensão do nacionalismo econômico e do protecionismo em potências do mundo rico.
Os governos argentino e colombiano assinaram um acordo para o setor automotivo. As vendas de veículos da Argentina para a Colômbia devem crescer até atingir o volume anual de 42 mil veículos a partir do quarto ano, com faturamento estimado de US$ 700 milhões. A ideia é diversificar os mercados e reduzir a dependência em relação ao Brasil, explicou o ministro da Produção da Argentina, Francisco Cabrera. A questão ganhou importância com a redução recente das vendas ao mercado brasileiro, num período de menor demanda. O plano inclui esforços de venda também para o Norte da África e para a Ásia.
