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terça-feira, 16 abril, 2024

Mercado Imobiliário sem crise

No “novo normal” imposto em 2020, consórcio de imóveis atrai ainda mais adeptos

Em um ano completamente diferente de tudo que já viu até hoje, os resultados do mercado da construção civil no Brasil foram surpreendentemente positivos, conforme demonstram os números nos diferentes segmentos.

Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 13,86 bilhões em outubro de 2020, com crescimento de 7,4% em relação a setembro e alta de 84% comparativamente ao mesmo mês do ano passado.

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Em valores nominais, o volume financiado em outubro marca o segundo recorde mensal consecutivo da série histórica iniciada em julho de 1994. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP).

Ainda de acordo com a entidade, entre os primeiros dez meses de 2019 e de 2020, os empréstimos destinados à aquisição e construção de imóveis avançaram 48,8%, atingindo R$ 92,67 bilhões, superando o resultado de todo o ano passado. No acumulado de 12 meses (novembro de 2019 a outubro de 2020), os financiamentos destinados à aquisição e à construção de imóveis somaram R$ 109,11 bilhões, alta de 49,1% em relação aos
12 meses anteriores.

Já os financiamentos, em outubro de 2020, nas modalidades de aquisição e construção, 45,5 mil imóveis, resultado 8,3% superior ao de setembro e 53,6% maior do que o apurado em outubro de 2019.

Mercado Imobiliário sem crise
Fonte: Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC)

Entre janeiro e outubro de 2020, foram financiadas 324,6 mil unidades, resultado 36,8% maior que o de igual período de 2019.

Nos últimos 12 meses (novembro de 2019 a outubro de 2020), os financiamentos viabilizaram a aquisição e a construção de 385,2 mil imóveis, alta de 37,3% em relação aos 12 meses anteriores, quando 280,6 mil unidades foram beneficiadas pelo crédito imobiliário com recursos da poupança.

“A redução das taxas de juros foi um dos fatores que fez com que houvesse um aquecimento no mercado imobiliário, trazendo concorrência entre os bancos, e o cliente tem sido o grade beneficiado. Mesmo durante a pandemia, esse mercado se manteve aquecido”, garante o presidente do Banestes, José Amarildo Casagrande.

Os números apresentados chamam atenção e reforçam a tese de que o mercado imobiliário não sentiu os impactos negativos da pandemia. E, mais do que isso, viu a crise que atingiu fortemente a saúde alavancar as vendas no setor. “As pessoas ficaram isoladas e passaram a perceber o valor da própria casa, os cuidados e as necessidades. Muitos estão buscando projetos para reformas e adequações. Outros, mais radicais, chegaram à conclusão que era hora de buscar outro imóvel, mais novo, ou maior, ou com outras características”, aponta o engenheiro e fundador da construtora Galwan, José Luís Galvêas Loureiro.

Ele cita a estabilidade dos juros baixos, o déficit habitacional no Brasil e a solidez do investimento em imóveis como fatores favoráveis ao mercado. “Nossos estoques estão baixos, pois em nenhum momento paramos de vender. Estamos agindo para reabastecer o estoque, oferecendo novas oportunidades para os nossos condôminos”.

Mercado Imobiliário sem crise
Fonte: Desenvolvido pela Área de Inteligência de Mercado da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP)

José Luiz faz uma colocação ainda mais otimista. “Acredito que quando a pandemia for controlada, e creio que isso só acontecerá na hora que tiver vacina ou então garantia de um remédio eficaz, o melhor setor da economia para se apostar é o imobiliário”, afirma e continua “numa situação dessas de pandemia, as pessoas querem um refúgio. Isso aumentou muito a procura por lotes, por casas, inclusive nas montanhas capixabas. Foi onde o mercado imobiliário mais valorizou. Há uma mudança de comportamento das pessoas em relação ao que querem para si.”

Consórcio imobiliário

Preocupadas com os atuais e futuros consorciados, as administradoras buscaram se adaptar ao novo momento. A mobilização de suas equipes, os novos formatos para comercialização de cotas e atendimento aos consorciados, o home office, entre outras medidas, foram respostas que inverteram rapidamente o quadro, mantendo a confiança e a credibilidade do mecanismo.

Impulsionado por uma mudança de comportamento dos consumidores em meio a pandemia, o setor de consórcios teve um forte aumento nas vendas no ano de 2020 – conferindo, por sua vez, um “boom” no ramo imobiliário. De acordo com a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC), em setembro de 2020, foram comercializadas 358,57 mil novas cotas, trata-se do maior volume mensal dos últimos quinze anos.

A instituição informa que, no acumulado dos nove primeiros meses, foram comercializados R$ 114,31 bilhões em novas cotas – o que significa 18,6% a mais em comparação ao mesmo período de 2019.

Especialista em consórcios, Vinicius Santos explica que, por se tratar de um investimento seguro, fiscalizado pelo Banco Central e regulado pela lei dos consórcios nº 11.795/08, a modalidade atraiu não só aqueles que desejam ter a casa própria ou adquirir um outro bem ou serviço, mas também despertou interesse daqueles que buscam um investimento mais seguro, sem o risco das incertezas do mercado em meio ao cenário atual.

“Entre as modalidades de consórcio disponíveis no mercado, o de imóveis se destacou como o mais procurado, pois com ele é possível não apenas comprar um imóvel, mas também construir, reformar ou até mesmo quitar o saldo devedor de um financiamento bancário já existente”, explica Vinicius, eleito pela quinta vez consecutiva o melhor do ramo no Espírito Santo, pela Porto Seguro Consórcio.

Ele acrescenta que, com a taxa de administração – que pode ser até sete vezes menor que um financiamento bancário – e a flexibilidade que o consórcio oferece em seu leque de produtos e serviços, o setor já prevê um crescimento acima de 10% para 2021, acompanhado principalmente pelo avanço da construção civil e a retomada das vendas de veículos.

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