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sexta-feira, 29 março, 2024

Mercado eleva Selic para 5,25% e juros ficam mais caro

Mercado eleva Selic a 5,25%, maior patamar desde outubro de 2019. O aumento do juro básico da economia reflete em taxas bancárias mais elevadas

Por Samantha Dias 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic, que é a taxa básica de juros, em 1,00 ponto porcentual, passando de 4,25% para 5,25% ao ano. O aumento foi anunciado após reunião desta quarta-feira (4).

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Este foi o quarto aumento consecutivo. Nas três decisões anteriores, o BC havia subido a taxa em 0,75 ponto porcentual. Dessa vez, o aumento foi de 1 ponto percentual. Com essa decisão, a Selic está no maior patamar desde outubro de 2019.

Com a pandemia, o BC fez um primeiro movimento no sentido de acelerar os cortes da taxa, que se manteve no mínimo histórico de 2% ao ano de agosto do ano passado a março deste ano. Em um segundo movimento, iniciado em março, o BC recomeçou a elevar a Selic, numa tentativa de controlar a inflação.

Os aumentos sucessivos da Selic são uma tentativa de segurar a inflação no Brasil. A escalada dos preços de alimentos, combustíveis e energia elétrica fez com que os economistas do mercado financeiro já projetem inflação de 6,79% para 2021.

Crédito mais caro

O aumento do juro básico da economia reflete em taxas bancárias mais elevadas, mas isso deve acontecer só daqui a seis meses (podendo chegar a nove meses). A elevação da Selic também influencia negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia.

A taxa básica de juros serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Com informações da Agência Brasil e Agência Estado

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