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sexta-feira, 4 DE outubro DE 2024

Médico capixaba faz alerta: ‘Aftas podem ser sinal de câncer’

Manchas brancas ou avermelhadas, feridas que não cicatrizam depois de 15 dias e nódulos no pescoço são sintomas a serem observados

Por Munik Vieira

Você costuma sofrer com aftas, ou conhece alguém que passa por este problema? As aftas são pequenas úlceras ou lesões que se desenvolvem na mucosa da boca ou das gengivas. Geralmente, elas não provocam sintomas graves, mas é bom estar em alerta e os sinais não devem ser negligenciados.

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A afta que persiste e dura mais de 15 dias pode ser um sinal de câncer de boca. Quem alerta é o médico radioterapeuta Persio Freitas, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).

“A afta pode aparecer como uma mancha branca ou avermelhada, ou se manifestar como uma ferida que não cicatriza, sem dor. Quanto mais tempo passa, mais os sintomas podem se agravar. Essas manchas ou feridas vão se transformando. Por isso é importante acender o alerta e investigar”, explica Persio Freitas.

De acordo com o médico, a maior dificuldade relacionada a este tipo de tumor é que os pacientes iniciam o tratamento em fase avançada da doença.

O especialista recomenda alguns cuidados para prevenir a doença, como não fumar, limitar o consumo de bebida alcoólica, manter uma boa higiene bucal, vacinar-se contra o HPV, usar preservativos nas relações sexuais e ter uma alimentação saudável.

“A boca é uma região que pode ser observada sem dificuldade, através do autoexame. Abra bem a boca em frente ao espelho e olhe a parte direita e esquerda, verificando se há alguma lesão. Ponha dois dedos na parte interna da bochecha para avaliar a região. Olhe ainda o céu da boca e a parte de baixo da língua. Se localizar alguma lesão, procure um médico”, recomenda Persio Freitas.

Câncer de boca

O tratamento do câncer de boca é cirúrgico na maioria dos casos. A radioterapia e a quimioterapia são indicadas quando a cirurgia não for possível ou se houver risco de a intervenção cirúrgica trazer sequelas funcionais importantes e complicadas para a reabilitação funcional e a qualidade de vida do paciente.

Segundo o Inca, por ano surgem 15.190 novos casos de tumor de boca, sendo 11.180 em homens e 4.010 em mulheres. De acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer (dados de 2019), a doença mata 6.605 pessoas por ano.

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