Os pedidos constavam em facilidades para sindicatos de Mato Grosso do Sul. Em troca, possivelmente, era oferecido apoio político no estado, seu reduto eleitoral
Acusado de solicitar pareceres fraudulentos no Ministério do Trabalho para beneficiar sindicatos no Mato Grosso do Sul, o secretário de governo, Carlos Marun, informou, no sábado (24), por meio de nota, que não esteve envolvido nas fraudes, conforme divulgado pelo Jornal Folha de São Paulo.
De acordo com a Agência Brasil, a informação tem como base um relatório obtido junto à Polícia Federal (PF), que apura irregularidades na concessão de registros sindicais pelo Ministério do Trabalho.
A nota, emitida pela assessoria de imprensa do ministro, afirmou não haver interesse político uma vez que declarou, ao aceitar ser ministro, que não disputaria as eleições. “Na verdade, estão usando o fato de eu me predispor a atender com atenção os pleitos que me chegam de MS para tentar retaliar e enfraquecer o ministro que questiona abertamente os abusos de autoridade praticados, especialmente no inquérito dos Portos”, disse a nota.
A Operação Registro Espúrio foi deflagrada há cerca de um ano pela PF, que alegou um “amplo esquema de corrupção dentro da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho, com suspeita de envolvimento de servidores públicos, lobistas, advogados, dirigentes de centrais sindicais e parlamentares”.
No início deste mês, o ex-ministro do Trabalho Helton Yomura, pediu demissão do cargo, durante a terceira etapa da operação.