As autoridades do condado fecharem o acesso a várias praias nessa quinta-feira (04)
O fenômeno “Maré Vermelha” chegou às praias de Miami, na costa oeste da Flórida, e está se propagando para outras do condado. O efeito é provocado pelo desequilíbrio ecológico resultante da excessiva proliferação da população de certas algas tóxicas, principalmente as dinoflageladas Gonyaulax catenella.
A maré vermelha começou em outubro de 2017, mas piorou consideravelmente a partir de agosto deste ano, quando avançou, matando toneladas de peixes e deixando um cheiro insuportável nas areias. O fenômeno também matou peixes bois, tartarugas e golfinhos na região.
Em comunicado, o prefeito da Flórida, Carlos Giménez, disse que todas as praias estarão abertas na manhã desta sexta-feira (05), mas com cartazes “para advertir residentes e visitantes sobre os possíveis efeitos para a saúde da maré vermelha”.
Entretanto, Giménez alertou que as pessoas “com condições respiratórias severas ou crônicas, como asma, devem evitar as áreas de maré vermelha”.
É importante lembrar que o nível de “maré vermelha” encontrado em Miami é muito inferior ao verificado na costa oeste: as turísticas praias de Miami Beach e Crandon Park registraram concentração de “muito baixa a baixa”, enquanto as de Haulover Park, mais ao norte, de nível médio.
Saúde
O contato com as algas tóxicas pode causar danos à saúde humana (diarreia, problemas respiratórios e circulatórios), caso seja contaminado pelas toxinas ingeridas por meio do hábito nutricional, com acúmulo de substâncias nocivas em tecidos de animais marinhos (ostras, camarões e peixes) que servem de alimentos ao homem. Além de prejuízos econômicos, relativos à produtividade pesqueira.
A neurotoxina liberada pelas lagas também pode ser transmitida pelo ar e causa dores de cabeça, irritação nos olhos, tosse e asma.