Presidente da Ales solicitou ao TRE-ES a saída com anuência do partido; Marcelo Santos se encontrou com presidente do União Brasil em Brasília
Por Robson Maia
A iminente saída do presidente da Assembleia Legislativa (Ales), Marcelo Santos, do Podemos – aguardando apenas a confirmação da Justiça – tem criado indefinições quanto ao futuro do comando de outra sigla no Espírito Santo, o União Brasil. Isso porque especula-se que a saída da atual legenda esteja diretamente ligada à possibilidade de assumir o comando do diretório atualmente capitaneado pelo secretário de Estado do Meio Ambiente, Felipe Rigoni.
O movimento de saída de Marcelo Santos do Podemos não é exatamente uma novidade. O parlamentar já indicava a ação há alguns meses, tendo permanecido a pedido do deputado federal e presidente do partido no Espírito Santo, Gilson Daniel, até as definições eleitorais do pleito que se aproxima.
Agora, com as “jogadas ensaiadas”, Marcelo já protocolou na Justiça o pedido de saída com anuência do Podemos, ou seja, sem o prejuízo de perder o mandato. Apesar de não comentar oficialmente o seu futuro, outros movimentos indicam que o próximo destino deverá ser o União Brasil.
Na última quarta-feira (12), o presidente da Ales cumpriu agenda em Brasília, se encontrando com o presidente nacional do União Brasil, Antônio de Rueda. Rigoni também participou de encontros com representantes da sigla na capital federal. A expectativa é de que, em breve, aconteçam definições concretas quanto ao futuro do partido.
Rigoni declarou desconhecer filiação de Marcelo Santos
Rigoni, em entrevistas no último mês, afirmou que desconhecia a chegada do presidente da Ales à sigla e declarou que ninguém agiria nas suas costas. O secretário de Estado rechaçou a ideia de deixar a presidência do partido no estado.
“Não tem essa conversa aqui (no Espírito Santo), ele não conversou comigo”, afirmou Rigoni.
Apesar disso, o secretário de Estado confirmou que, no último ano, o partido realizou conversas com Marcelo Santos, contudo, sem concretizar qualquer chegada.
“Há um ano a gente chegou a conversar sobre a saída dele do Podemos, mas não chegamos a discutir sobre a vinda ao União Brasil”, destacou Rigoni.
“Tenho excelente relação com Marcelo, ele é um parceiro, pessoa influente. Mas, nunca sentei para conversar filiação”, completou.