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quinta-feira, 17 DE abril DE 2025

Marca de R$ 2 trilhões arrecadados cada vez mais perto do primeiro semestre

Impostômetro registrou, pela primeira vez, o valor de R$ 2 trilhões em impostos pagos em 9 de dezembro de 2015. Neste 2024, a marca foi alcançada no mês de julho

Por Kikina Sessa

Todos os pagamentos feitos pelos brasileiros à União, estados e municípios em tributos como impostos, taxas, multas e contribuições – como IPI, PIS, Cofins, ICMS, ISS, IPTU, IPVA – somaram R$ 2 trilhões no dia 21 de julho de 2024, de acordo com o impostômetro mantido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP)

Mais do que o valor arrecadado, o que chama a atenção é que a marca de R$ 2 trilhões é atingida cada vez mais cedo. De acordo com dados da Associação, o impostômetro registrou, pela primeira vez, o valor de R$ 2 trilhões em impostos pagos em 9 de dezembro de 2015, ou seja, no final do segundo semestre. A expectativa é de que em 2025 esse valor seja arrecadado já no primeiro semestre. 

“A cada ano estamos batendo recorde de antecipar o impostômetro. Fruto também da eficiência do governo em arrecadar. Os governos federal, estaduais e municipais estão tendo cada vez mais eficiência na arrecadação através de sistemas integrados de informática”, comenta o  presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES), Claudeci Pereira Neto

O economista avalia que esse montante também depende de fatores como o crescimento da atividade econômica. “Crescemos no ano passado e neste ano também devemos crescer de 2% a 2,5%. O número de desemprego também é o menor dos últimos anos, a massa salarial tem crescido e tudo isso contribui para que o consumo aumente, as atividades econômicas aumentem, assim como lucro e pagamento de tributos”.

Alguns produtos que tiveram alíquota reduzida de ICMS na pandemia voltaram a ter reajuste, como os combustíveis, e isso também refletiu na arrecadação de tributos. Também houve reajuste de IPTU em várias regiões do país e aumento de IPVA, o que contribui para o crescimento do volume de arrecadação de tributos pelos governos. 

O presidente do Corecon comenta que nem sempre o volume de arrecadação maior é ruim. “Se a arrecadação acompanha o desenvolvimento da atividade econômica isso não é problema. O problema é que nós temos um nível de carga tributária comparada a países desenvolvidos, mas a nossa massa salarial ainda é muito baixa em relação aos países desenvolvidos. Proporcionalmente à nossa renda média, nós pagamos mais que os países desenvolvidos”.

O impostômetro é um painel eletrônico fixado na sede da ACSP, no centro da capital paulista. Os dados da arrecadação tributária também podem ser acessados pela internet. Ele funciona desde 2005.

“Eu acho que vamos continuar batendo recordes na arrecadação nos próximos anos. Primeiro porque acompanha a inflação e a atividade econômica. Temos uma perspectiva de crescimento da atividade econômica e do nível de consumo. A cada ano vamos ter antecipação dos R$ 2 trilhões”, disse o economista.

Dados do impostômetro mostram o volume trilionário

Marca dos R$ 2 trilhões

2021: outubro
2022: setembro
2023: agosto
2024: julho

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