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quinta-feira, 25 abril, 2024

Mais valorização para o café brasileiro

Mais valorização para o café brasileiroProcessos para certificação das regiões produtoras ganham força no país.
A busca por cafés de qualidade é uma tendência crescente na produção e no mercado cafeeiro mundial. No Brasil, além das pesquisas, os processos de Indicação Geográfica (IG), que ganham força nas regiões produtoras, são fatores que têm contribuído para a qualidade do café. Nesta semana, o programa Prosa Rural, produzido pela Embrapa Informação Tecnológica em parceria com Embrapa Café, vai tratar dessa nova filosofia de produção que agrega valor ao produto agropecuário pela sua qualidade, especialidade e tipicidade, respeitando a origem e os processos humanos envolvidos na produção.

O programa sobre Indicação Geográfica trará informações para os produtores que se interessam em solicitar os registros, exemplos de associações que já conquistaram o registro de IP no Brasil, assim como a experiência do projeto de pesquisa que envolve a Embrapa Café e outras instituições, com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Funcafé/Mapa).

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Depois da conquista da IP, eles buscam agora a Denominação de Origem. “Os resultados que conseguimos com esse projeto foram excelentes. Conseguimos reunir todos os elementos necessários para darmos entrada à solicitação da DO até o final desse ano”, comemora o pesquisador coordenador do projeto, Flávio Meira Borém, da Ufla.

“O Selo de Indicação de Procedência traz várias vantagens, tais como proteção e reconhecimento do território, agregação de valor ao produto e desenvolvimento sustentável. Um ganho para todos os envolvidos. Além disso, mostra que o Brasil e o setor cafeeiro estão despertando cada vez mais para a importância de demarcar suas origens e agregar valor ao trabalho de milhões de pessoas que vivem no campo”, diz Helena Maria Ramos Alves, pesquisadora da Embrapa Café que participa da pesquisa na Serra da Mantiqueira.

Pioneira – A região do Cerrado Mineiro foi a primeira produtora de café com Indicação Geográfica. A segunda é a Serra da Mantiqueira, também de Minas Gerais. Quatro outras regiões: Alto Paraíso e Terras Altas, no Sul de Minas, Norte Pioneiro do Paraná e Alta Mogiana, em São Paulo, figuram na lista de pedidos para concessão de algum registro de Indicação Geográfica.

Tanto na modalidade de Indicação de Procedência, quanto na de Denominação de Origem, associações se organizam para o registro e elaboram planos de divulgação da imagem de seu território dentre as origens produtoras de cafés diferenciados. Com isso, o café brasileiro continua crescendo no mercado nacional e internacional não só pela quantidade, mas ganhando cada vez mais destaque na qualidade.

Segundo o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (Inpi), órgão do governo federal responsável por emitir os registros, as Indicações Geográficas se referem a produtos ou serviços que tenham uma origem geográfica específica. O registro reconhece reputação, qualidades e características que estão vinculadas ao local. Elas comunicam ao mundo que uma região se especializou e tem capacidade de produzir um artigo diferenciado e de excelência.

As Indicações Geográficas no Brasil podem assumir duas modalidades: Indicação de Procedência (IP) e Denominação de Origem (DO). São dois registros diferentes, que não possuem uma hierarquia ou ordem de solicitação, e que geralmente são representados nos produtos por um selo. O registro de Indicação de Procedência garante a tradição histórica da produção do café em certa região. Já a Denominação de Origem indica que as características de qualidade e sabor do café se devem exclusivamente ao ambiente onde é produzido e aos processos e tecnologias utilizados naquele território.

Para a utilização de um desses registros, ou dos dois, o produtor precisa estar inserido dentro da região demarcada e atender ao regulamento de uso estabelecido pela associação detentora da IG. Grande parte do sucesso da IG está na organização e na união dos produtores rurais, uma vez que a IG é um bem coletivo.

Veículo: Diário do Comércio – MG

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