Estudo divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Ministério da Saúde aponta que 53,8% da população brasileira está acima do peso considerado saudável. Além de mostrar que o excesso de peso no Brasil cresceu 26,3% nos últimos dez anos, a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) indica que o problema é mais comum entre os homens: passou de 47,5% para 57,7% no período. Já entre as mulheres, o índice passou 38,5% para 50,5%.
Segundo o estudo, Rio Branco, no Acre, é a capital brasileira com maior prevalência de excesso de peso: 60,6 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão Campo Grande (MT), com 58/100 mil habitantes, Recife (PE), João Pessoa (PB) e Natal (RN), as três com índice de 56,6/100 mil habitantes, e Fortaleza (CE), com 56,5/100 mil habitantes). A mais nova capital brasileira, Palmas, registrou a menor ocorrência de excesso de peso entre seus moradores, com 47,7 casos a cada 100 mil habitantes.
A pesquisa também revela que o indicador de excesso de peso aumenta com a idade e é maior entre os que têm menor grau de escolaridade. Nas pessoas com idade entre 18 e 24 anos, por exemplo, o índice é de 30,3%; enquanto entre brasileiros de 35 a 44 anos, esse percentual sobe 61,1%. A faixa etária mais “pesada” está entre 55 a 64 anos, com 62,4% das pessoas que participaram da pesquisa declarando excesso de peso. E na população com 65 anos ou mais, o índice cai para 57,7%.
A Vigital diferencia excesso de peso ou sobrepeso de obesidade. A pessoa com sobrepeso tem Índice de Massa Corporal igual ou maior que 25 quilos por metro quadrado (kg/m2). Já a obesidade implica em IMC igual ou superior a 30 (kg/m2).
De acordo com os dados, a prevalência de obesidade no país duplica a partir dos 25 anos de idade e o problema também é maior entre os que apresentam menor escolaridade. Nas pessoas com idade entre 18 e 24 anos, por exemplo, o índice é de 8,5%. Já entre brasileiros de 35 a 44 anos, o índice é de 22,5% e, entre os com idade de 55 a 64 anos, o número chega a 22,9%. Na população com 65 anos ou mais, o índice é de 20,3%.
Em relação à escolaridade, os que têm até oito anos de estudo apresentam índice de obesidade de 23,5%. O percentual cai para 18,3% entre os brasileiros com nove a 11 anos de estudo e para 14,9% entre os que têm 12 ou mais anos de estudo.
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