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sexta-feira, 19 abril, 2024

Maio amarelo: um debate sobre a violência no trânsito

As ações do Movimento Maio Amarelo promovidas pelo Detran-ES estão a todo vapor.

Por Munik Vieira

A campanha de conscientização para a redução de acidentes de trânsito ocorre não só no Espírito Santo, mas também no Brasil e em todo o mundo. É importante destacar que o trânsito deve ser seguro para todos em qualquer situação.

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No Espírito Santo, até março deste ano, 165 pessoas perderam a vida por decorrência de acidentes de trânsito, sendo que, desse total, 48% eram motociclistas, de acordo com os dados do Observatório Estadual de Segurança Pública, da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp).

A campanha Maio Amarelo foi criada em 11 de maio de 2011, quando a Organização das Nações Unidas decretou a Década de Ação para Segurança no Trânsito. Isso fez com que o mês de maio se tornasse referência mundial para balanço das ações que o mundo inteiro realiza. Já a cor amarela foi escolhida pois simboliza atenção e também a sinalização e advertência no trânsito.

Para entender um pouco mais sobre a campanha, a ES Brasil conversou com Édina de Almeida Poleto, diretora técnica do Detran-ES. Confira!

Maio amarelo: um debate sobre a violência no trânsito
Édina de Almeida Poleto, diretora técnica do Detran-ES. Foto: Divulgação

Neste ano, a campanha ‘Maio Amarelo’ foi lançada de forma virtual por conta da pandemia do novo coronavírus. Conta pra gente a importância da companha e como foi o lançamento

Foi importante ter o governador Renato Casagrande conosco, mesmo que de forma virtual, pois deu ainda mais credibilidade ao movimento. O Movimento Maio Amarelo tem uma temática muito importante que precisa ser colocada em discussão. A sociedade precisa levar o assunto em consideração, pois todos os anos muitos capixabas perdem a vida – ou ficam com sequelas graves – no trânsito. São casos que poderiam ser evitados, pois muitos dos acidentes são causados por falhas humanas.

Qual o slogan da campanha neste ano? E quais as principais ações promovidas pelo Detran-ES

O tema deste ano é ‘Movimento trânsito do bem: pensar no outro é bom para você também’. O tema foi decidido após discussões nacionais. Atualmente, nós estamos vivendo em pandemia. Precisamos parar de olhar apenas para si mesmo e pensar mais no coletivo, ter empatia e mudar nossas atitudes e comportamentos não só na vida, como também no trânsito. Por isso trouxemos essa temática.

O capixaba é intenso e ansioso. Em ano de pandemia, essas sensações acabam se tornando ainda mais fortes. Você acha que isso pode influenciar também o comportamento das pessoas no trânsito?

Com certeza. Na verdade, essa foi uma discussão a nível nacional do Maio Amarelo. Hoje estamos sobrecarregados emocionalmente por todos os motivos que envolvem esta pandemia. Temos nossos direitos de ir e vir privados, pois estamos vivendo algo sério que tem tirado a vida de milhares de brasileiros. O coronavírus tem causado mudanças na nossa vida. Pessoas somatizam isso no dia a dia, e isso também acaba refletindo no trânsito. Se uma pessoa esquece de dar seta, ou acaba te ‘fechando’ de alguma forma no trânsito, as pessoas se exaltam e tudo pode virar uma grande confusão. Nós precisamos entender que ali existem vidas que estão passando as mesmas dificuldades e problemas que você. É necessário respeitar um ao outro e ser mais gentil no trânsito.

Quem mais se envolve em acidentes de trânsito?

Até março deste ano, foram registradas 165 mortes no trânsito. Desse total, 85% eram homens com idades entre 15 e 34 anos. Quase a metade (48%) eram motociclistas.

Quais são os principais motivos de acidentes de trânsito?

39% desses óbitos foram por colisões, e 13% atropelamentos de pedestres.

Para finalizar, deixe um mensagem aos motoristas – e pedestres – capixabas

A mensagem que gostaríamos de deixar enquanto órgão é a necessidade de pensar primeiro na sua vida, e também ter empatia para conseguir pensar no outro e fazer de fato um trânsito do bem. Se cada um fizer a sua parte, é possível ter um trânsito melhor e mais seguro. Essa é a realidade. Já temos isso comprovado. Os órgãos também precisam fazem sua parte reformando e deixando as vias mais seguras, para dar suporte aos ciclistas e pedestres para circularem.

No trânsito tem vidas, não são robôs. É a minha vida, a sua vida. Hoje você é pedestre, amanhã pode ser ciclista, motorista. É necessário se colocar no lugar do outro. Se cada um fizer sua parte, é possível ter um trânsito melhor, sem tantas tristezas.

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