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quinta-feira, 28 março, 2024

Lula: “Vão ter de me enfrentar nas ruas’

Após condução coercitiva, ex-presidente colocou-se à disposição da militância para a candidatura de 2018. 

Em discurso para a militância petista, na quadra do Sindicato dos Bancários do Estado de São Paulo, o ex-presidente Lula disse na noite desta sexta-feira (4) que não irá se calar mesmo ameaçado por “perseguição política e denúncias infundadas”. “Se quiserem me vencer, vão ter de me enfrentar nas ruas” foi a frase dita por Lula para abri a convocação que fez ao militantes em seguida. Ele falou em ato organizado pelo PT, sindicatos e movimentos sociais como reação por te sido conduzido pela Polícia Federal ao Aeroporto de Congonhas para depor nas investigações da Operação Lava Jato.  “Eu queria dizer a todos que me ofenderam hoje pela manhã que foi uma ofensa; um ex-presidente que fez por esse país o que eu fiz, não merecia receber o que eu recebi hoje de manhã. Mas sem mágoa. Quero dizer para você aqui, se eles tiverem que me derrotar, eles vão ter que me enfrentar nas ruas deste país… A partir de hoje, a única resposta que eu posso dar a insolência que fizeram a mim, a ofensa que fizeram a mim, é ir para rua dizer: estou vivo e sou mais honesto do que vocês. De coração eu quero agradecer a cada um de vocês”, disse o ex-presidente. 

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Lula que até então negava ser candidato às próximas eleições à Presidência, mudou o discurso. “Eu estava quieto no meu canto. Estava na expectativa que vocês escolhessem alguém para disputar 2018. Cutucaram o vulcão com vara curta. Portanto quero me oferecer a vocês, esse jovem de 70 anos de idade com tesão de um jovem de 30, com corpo de atleta de 20. Não tenho preguiça de acordar as 6 horas. E não tenho problema de dormir às dez”, declarou. Ele reiterou que voltará a viajar pelo país e que não se calará diante do que diz ser perseguição política e denúncias infundadas. “Estou disposto a viajar esse país do Oiapoque ao Chuí. Se alguém pensa que vai me calar com perseguição e denúncia, não sabe que eu sobrevivi à fome, e quem sobrevive à fome não desiste nunca”, disse.

E novamente convocou os militantes petistas. “Eu não sou vingativo, não carrego ódio na minha alma, mas eu quero dizer para vocês uma coisa: eu tenho consciência do que eu posso fazer por esse povo, e tenho consciência do que eles querem comigo. Portanto, queridas e queridos companheiros, se vocês estão precisando de alguém para animar a nossa tropa, o animador está aqui”, destacou.

O ex-presidente ainda disse que a operação da Polícia Federal confiscou um celular de sua esposa, Marisa Letícia, e papéis da casa de seu filho, Luís Cládio, que já haviam sido levados há quatro meses. “Na casa de meu filho, Luís Cláudio, levaram a mesma papelada que já levaram há quatro meses atrás. As perguntas que fizeram hoje já fizeram cinco meses atrás. Então é pura provocação. Estão dizendo: nós existimos e vamos criminalizar o PT. Eu quero dizer, vocês existem mas eu existo. E eu vou resistir à criminalização”, finalizou. 

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