Dilma Rousseff poderá oferecer um de seus ministérios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para evitar que ele seja preso na Lava Jato.
Os bastidores de Brasília não param de comentar a movimentação política que poderá se desenrolar na capital federal ainda esta semana. Temendo que as investigações da Operação Lava Jato possam levar Lula à prisão, a cúpula governista já acordado com a presidente Dilma Rousseff a indicação do ex-presidente para ocupar um dos ministérios, o que lhe daria foro privilegiado e dificultaria as ações judiciais.
Lula tem declarado o impacto da condução coercitiva de forma supre positiva. Segundo informações do Estadão, ele teria tido à lideranças do PT, que o partido e o governo mais ganharam do que perderam com o episódio. “A partir de agora, se me prenderem, eu viro herói. Se me matarem, viro mártir. E se me deixarem solto, viro presidente de novo”, tem afirmado o ex-presidente.
Dilma se encontrou com Lula no sábado (5), na residência do ex-presidente em São Bernardo, um dia após a condução coercitiva de Lula, feita pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava Jato; e também nesta terça-feira (8), na sede do Palácio do Planalto, residência oficial da presidente da República, um encontro que dessa vez contou ainda com a participação dos ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.
O Palácio do Planalto busca evitar confrontos entre manifestantes favoráveis e contrários ao governo do PT durante os protestos marcados para o próximo domingo (13). Além disso, o governo está preocupado com o posicionamento de lideranças do PMDB. A convenção nacional do partido será realizada no sábado (12). Ontem, o ministro da Saúde, o peemedebista Marcelo Castro, declarou esperar que a legenda se mantenha na base governista.
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), comentou ontem as manifestações que estão sendo organizadas para o próximo domingo (13) pelas redes sociais contra a corrupção e a também a mobilização do PT em defesa do ex-presidente Lula e e do governo da presidenta, Dilma Rousseff. “São forças antagônicas. As manifestações devem ocorrer de acordo com o Estado Democrático de Direito, mas que cada seguimento tenha seu dia. Não interessa ao povo brasileiro o conflito”, concluiu Marco Aurélio.