A exoneração de Luislinda foi publicada na edição do Diário Oficinal da União nesta terça-feira (20).
Conhecida por protagonizar o polêmico pedido de acúmulo de aposentadoria com o salário de ministra, Luislinda Valois não está mais à frente no Ministério dos Direitos Humanos. Agora, quem vai assumir a pasta é Gustavo Rocha, subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Ele vai acumular os dois postos.
Luislinda estava nos Direitos Humanos desde fevereiro do ano passado. Com o pedido para acumular as rendas, ela excederia o teto do funcionalismo, que é de R$ 33,7 mil. Mas a ministra defendeu o recebimento integral de R$ 61 mil, soma da aposentadoria com o cargo de ministra.
Ela desistiu, posteriormente, do pedido, mas apresentava como justificativa a comparação do abatimento com o trabalho escravo. Segundo a ministra, seria o mesmo caso de trabalhar sem receber contrapartida. Pelo Código Penal, trabalho escravo é forçado, com jornada exaustiva e degradante.
Menos um tucano
Ela era o penúltimo nome do PSDB no governo Temer, desde que o então ministro das Cidades, Bruno Araújo, e o da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, pediram exoneração no fim do ano passado. O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, que também é tucano, continua no cargo.
O motivo da exoneração não foi informado pelo Palácio do Planalto. O decreto também não especifica se a saída foi a pedido da ex-ministra ou não.