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quinta-feira, 25 abril, 2024

Líderes do agronegócio sugerem que governo leve propostas concretas para a Rio+20

Líderes do agronegócio sugerem que governo leve propostas concretas para a Rio+20Entre as sugestões tiradas do Fórum ABAG Despertar para a Rio+20 estão: imposto zero para energia renovável e acabar com a fome de 200 milhões no mundo em 10 anos

O governo brasileiro deveria levar para a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, que acontece no Rio de Janeiro em junho, uma proposta simples, objetiva e com a qual todos do mundo concordariam: uma agenda mundial voltada para a segurança alimentar e energética com sustentabilidade que resulte, por exemplo, no compromisso de acabar com a fome de 200 milhões de pessoas no mundo em 10 anos. Paralelamente deveria ser proposto também imposto zero para produção de energia renovável. Tais recomendações fazem parte das conclusões tiradas do Fórum ABAG “Despertar para a Rio+20”, promovido na semana passada, em São Paulo, pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG).
De acordo com Ingo Plöger, diretor da ABAG, como a Rio+20 não tem ainda um objetivo qualificado e conclusivo, o governo brasileiro poderia propor uma meta concreta e mobilizadora como foi a redução de CO2 proposta em 1992. “Temos hoje no mundo 1 bilhão de pessoas passando fome. Penso que temos uma corresponsabilidade humanitária de propor, por exemplo, de acabar com a fome de 200 milhões de pessoas em 10 anos. Teríamos uma pauta mobilizadora, com objetivo claro, permitindo que todos os países pudessem atingir a meta como acontece hoje com a redução de CO2. Do contrário, teremos mais uma carta de intensões e esperaremos a Rio+30 ou a Rio+50 para que alguma ação seja feita”, diz Plöger.
Na avaliação de outro participante do evento, o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o país precisa aproveitar o momento em que ele será o ator principal de um palco iluminado e de grande visibilidade mundial para anunciar medidas que não sejam apenas promessas, como a desburocratização efetiva do programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono, além de mostrar ao mundo o novo código florestal como uma conquista do país e não como um drama. “O governo também precisa recordar na conferência as conquistas do agronegócio brasileiro nos últimos anos. Devemos lembrar, por exemplo, que, enquanto a área plantada de grãos cresceu 30% nos últimos 20 anos, a produção de grãos cresceu 180%”, afirma Rodrigues, que atua hoje em várias universidades e é membro do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

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