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sexta-feira, 29 março, 2024

A navegação obrigatória da liderança para o nível 4.0

O presente futuro colocou o líder numa encruzilhada obrigatória 

Inspirei-me em recente palestra na Semana Acadêmica de uma faculdade no Sul do Brasil, na qualidade de diretor da Abrase – Associação Brasileira de Manufatura Avançada e Serviços – que abordou a estratégia lean manufacturing e a indústria 4.0, ouvindo e pensando sobre essa navegação entre a era 3.0 para a nova para os líderes que estão gerindo as organizações no Brasil e no mundo.

Como colocar essa ideia de disrupção na cabeça, no papel e no cotidiano da gestão?

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É que a era 4.0 vem chegando rápida demais, quebrando fronteiras e muros nas empresas novas e velhas.

Empresas exponenciais e disruptivas que chegaram e continuam entrando no mercado confrontam nosso modo de gerir as pessoas e os negócios; exigindo um novo perfil de liderança para essa era digital.

Aquele estilo de gestão voltado para metas, comando e controle está dando lugar a um novo jeito motivo a propósito, colaboração, auto responsabilidade, agilidade, proximidade, coragem para o risco, inovação, liberdade e engajamento pela causa.

Um contexto diferente que vai obrigar aos lideres a uma reengenharia do mindset, redesenhado para gerar consciência, inconformismo inovador e propósito bem claro dentro da organização, desafiando o antigo status quo para um modelo que motive ideias revolucionárias, engajamento por impacto inovador.

Não é algo fácil, mas é preciso começar a mudar e preparar o negocio para a chegada e convivência dos dois mundos no mesmo ambiente organizacional: 3.0 + 4.0.

Vai mexer, com certeza, na cultura, na estratégia e no planejamento e incorporar palavras como paixão, colaboração e legado; substituindo os comportamentos de poder, comando, controle e decisão unilateral.

“O líder 4.0 tem foco em empoderar as pessoas a manter o foco no propósito da organização”

Essa liderança – que é a força motriz da gestão – precisará ampliar as habilidades em navegar na instabilidade do Brasil e do mundo e entender essa dinâmica diariamente; ter capacidade de oferecer autonomia as suas equipes de trabalho e permitir que seus liderados possam experimentar, inovar e co-criar; permitir o caos na ambiência do trabalho e influenciar a mudança de direção, quando preciso for; ser tolerante com os erros naturais que a inovação gera; estar disponível para os seus liderados nos processos de disrupção.

Lideres capazes de lidar com esse mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo (VICA) – originalmente denominado de VUCA (do inglês, volatility, uncertainty, complexity and ambiguity), o conceito foi criado nos anos 1990 para descrever a dinâmica que passou a reger os acontecimentos no mundo, cheio de transformações e desafios em relação aos paradigmas até então definidos – inundado de informações de todos os quadrantes; essa velocidade acelerada da revolução digital e da inteligência artificial; esse relacionamento complexo entre os mundos geracionais baby boomers, X, Y (ou millennials) e Z; o desafio da sustentabilidade econômica dos negócios.

E você está preparado?

Se não está, comece a pensar seriamente sobre esta revolução global.


Adilson Neves é Palestrante, consultor e professor


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