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quarta-feira, 24 abril, 2024

Lições da Indústria de games

O capitalismo moderno exige que as empresas, além de cumprirem seu dever com os acionistas, gerem valor para colaboradores, clientes, fornecedores e comunidade

Na década de 80, a Nintendo liderava 90% do mercado de consoles de vídeo game. A empresa adotava práticas que refletiam sua posição de dominância, como a forma arbitrária com que tratava os desenvolvedores, fixando valores baixos de remuneração por jogo desenvolvido, que passava a ser propriedade da empresa e estabelecendo um limite de jogos por parceiro. Desafiar esse sistema significava ficar praticamente fora do mercado de games.

Essa estratégia gerou legiões de bons desenvolvedores insatisfeitos e abriu espaço para o surgimento de um novo concorrente, a SEGA.

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Com ousadia, liberdade aos criadores de games, jogos menos infantis e estratégias agressivas de marketing, a SEGA, da dinâmica personagem Sonic, desbancou a NINTENDO, com seu ultrapassado Mario Bros.

A liderança da SEGA durou não mais do que quatro anos. A empresa ágil de outrora sucumbiu ao conservadorismo para agarrar-se à liderança. Um evento bastante significativo dessa mudança de postura foi a recusa à parceria com a então nova entrante, SONY.

Interessada em software, a SONY apresentava-se como uma oportunidade para a continuidade do crescimento do console megadrive, da SEGA. Essa estratégia custou a perda da liderança para a NINTENDO e, posteriormente, em definitivo, para a própria SONY, com o lançamento do Playstation.

A história de ascensão e queda da SEGA nos traz dois ensinamentos de gestão e governança fundamentais para a sobrevivência das empresas. Um deles é o de que uma posição de dominância no mercado é efêmera se não for construída considerando os direitos e interesses das demais partes relacionadas, os stakeholders.

O capitalismo moderno exige que as empresas, além de cumprirem seu dever com os acionistas, gerem valor para colaboradores, clientes, fornecedores e comunidade.

O segundo ensinamento é o de que ser inovador e ágil é premissa fundamental não só para crescer, mas para se manter no topo. No novo mundo dos negócios, nenhuma empresa pode se furtar de incorporar a inovação, alinhando-a aos seus objetivos estratégicos, além de acompanhar o seu desempenho, através de uma boa estrutura de indicadores.


Lições da Indústria de gamesDe Zero a Um: O que aprender sobre empreendedorismo com o Vale do Silício

Peter Thiel

Se você procura um livro diferente sobre inovação, este definitivamente é um deles.
Peter Thiel é co-fundador do PayPal e investidor em startups. Com uma linguagem bastante objetiva, o autor desenvolve três grandes ideias.

A primeira é a de que o progresso pode se dar de duas formas: horizontalmente, que significa copiar e melhorar o que já existe e, a segunda, verticalmente, que consiste em criar algo novo. Cada inovação é original e única, portanto, não há uma fórmula para o empreendedorismo.

A segunda ideia é a da exponencialidade. Empresas realmente inovadoras, que resolvem um problema único ou de forma única, têm condições de atingir resultados exorbitantes, enquanto aquelas que resolvem problemas que todos sabem resolver caem na armadilha da competição e, portanto, não almejam mais do que lucros marginais.

A terceira ideia é a de que todas as empresas de sucesso são diferentes, cada uma resolvendo um problema único. Por outro lado, todas as empresas que falharam são iguais.

Elas falharam em escapar à competição. Thiel convida a repensar o seu negócio, buscando resolver problemas do seu consumidor de forma única.


“ As respostas para minhas perguntas sempre vão na mesma direção: o poder é cada vez mais débil, mas transitório, mais limitado.” (Moises Naim)

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