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sexta-feira, 18 DE abril DE 2025

Laboratório da Ufes apresenta mapeamento marinho do ES na Noruega

Pesquisadores mapearam mais de 2 mil quilômetros quadrados de habitats marinhos e geomorfologia submarina

Por Kebim Tamanini

Uma comitiva do Laboratório de Geociências Marinhas (LaboGeo) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) apresentou à comunidade internacional reunida na Noruega a área oceânica do Estado capixaba, compreendendo uma zona marinha entre 10 e 100 metros de profundidade. Essa região é considerada pelos pesquisadores uma das áreas mais bem mapeadas com cobertura de batimetria multifeixe no Brasil, um método utilizado no estudo das profundidades de ambientes aquáticos.

Graças à contribuição de diversos programas estaduais e federais, o LaboGeo mapeou mais de 2 mil quilômetros quadrados de dados de batimetria multifeixe multifrequência, tornando-se um laboratório de referência nacional e internacional no mapeamento de habitats marinhos e geomorfologia submarina.

“O fundo dos oceanos é uma grande fronteira do conhecimento e, […] foram encontradas feições que nunca tínhamos visto antes. Isso impacta diretamente no conhecimento sobre a distribuição da biodiversidade, mas também sobre processos que não sabíamos que estavam atuando na região”, afirma o professor da Ufes, Alex Bastos.

Pesquisadores da Oceanografia apresentam mapeamento da zona marinha do ES em evento na Noruega
Pesquisadores do Laboratório de Geociências Marinhas (LaboGeo) encontraram feições que nunca tínhamos visto antes. Foto: Ufes

Outro projeto também foi apresentado no evento, abordando a aplicação direta dos dados do fundo marinho para o desenvolvimento do planejamento espacial marinho ou do zoneamento ecológico-econômico costeiro/marinho, ferramentas fundamentais para o desenvolvimento e uso sustentável dos oceanos.

“A base do conhecimento sobre o fundo marinho e sua biodiversidade é fundamental para as análises de conflitos de uso e a aplicação de soluções baseadas na natureza. O poder do mapeamento é muito grande para a tomada de decisão, porque a representação dos usos potenciais do fundo marinho em combinação com seus conflitos e com a distribuição da biodiversidade e dos possíveis riscos geológicos e ambientais são base para a decisão dos gestores públicos”, destaca Alex Bastos.

A estudante de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Ambiental (PPGOAm), Ana Carolina Lavagnino, e a pós-doutoranda Tarcila Franco, estão liderando os estudos e estiveram presentes no evento de Mapeamento Geológico e Biológico de Habitats Marinhos (GeoHab 2024).

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