O nome do presidente do Senado aparece em um procedimento que investiga o pagamento de propina de um contrato da Petrobras com o Sindicato dos Práticos.
Após ter o pedido para enviar a sua defesa por escrito negado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), compareceu à superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, na última sexta-feira (10) para prestar depoimento em um inquérito que apura o seu suposto envolvimento no esquema de corrupção desvendado pela Operação Lava Jato.
O nome de Renan Calheiros aparece em um procedimento que investiga o pagamento de propina de um contrato da Petrobras com o Sindicato dos Práticos, categoria de profissionais que atua em portos, responsável pelo apoio ao comandante na condução dos navios nos canais de acesso aos terminais (manobrista de navio). O alvo principal da apuração é o deputado licenciado Aníbal Gomes (PMDB/CE), que já foi indiciado PF. Em um ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em maio, a PF havia dito que só faltava ouvir o presidente do Senado para concluir as diligências do inquérito.
A decisão de Renan de não adiar mais o depoimento ocorreu na mesma semana em que foi divulgada a informação de um pedido de prisão contra ele, o senador Romero Jucá (PMDB/RR) e o ex-presidente José Sarney, enviado ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República ao STF, mas negado pelo relator da Lava Jato na Corte, Teori Zavascki. Calheiros é alvo de 12 inquéritos no STF, sendo nove deles relativos ao esquema de corrupção que atuava na Petrobras.