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quinta-feira, 18 abril, 2024

Índice aponta Vitória como segunda melhor capital do País

Índice aponta Vitória como segunda melhor capital do PaísO Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), criado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro para acompanhar a evolução dos municípios brasileiros e os resultados da gestão das prefeituras, apontou que o Espírito Santo permanece na 7ª posição no ranking nacional,  devido principalmente à queda na vertente Emprego & Renda (6,2%). Vitória desce uma posição no ranking das capitais brasileiras e passa a ocupar a 2ª colocação, abaixo de Curitiba.

As cidades de Vitória, Aracruz, Serra e Vila Velha, com índices acima de 0,8 pontos, têm alto desenvolvimento humano. A capital se destaca no IFDM-Emprego & Renda, com 0,9062. No outro extremo do ranking, entre as menos desenvolvidas, aparecem Ibitirama, Mucurici e Pedro Canário, com desenvolvimento regular.

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Os dados considerados são de 2007. A média brasileira do IFDM foi de 0,7478, superior aos 0,7376 de 2006 (alta de 1,4%). O IFDM considera indicadores de saúde, educação, emprego e renda e varia numa escala de 0 (pior) a 1 (melhor) para classificar o desenvolvimento humano. Os critérios de análise estabelecem quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento humano.

Setenta e três dos 78 municípios do estado avançaram no IFDM. Na lista das cidades capixabas, três não faziam parte dos dez melhores em 2006: Iconha subiu da 14ª posição para a 8ª, graças à melhora nos indicadores de Saúde (variação positiva de 6,4%) e Educação (9,3%); Cariacica teve crescimento do IFDM, de 0,7570 para 0,7764, pulando da 13ª para a 9ª posição; e Venda Nova do Imigrante passou à 10ª colocação por causa da educação (6,6%).

Na análise por áreas de desenvolvimento, o IFDM-Educação subiu 3,9%, com 0,7552 pontos, e foi a mais alta entre as três vertentes. Governador Lindenberg obteve o melhor índice neste quesito (0,9207), seguido de Mailândia (0,9102). O município de Irupi obteve a maior variação positiva em educação, crescendo 25,8% neste indicador: de 0,57840 para 0,7279.

O índice de Saúde do estado, de 0,8281 contra 0,8176 do ano anterior, obteve crescimento de 1,2%. O município com melhor IFDM em saúde é Laranja da Terra (0,9207), cujo crescimento no indicador foi de 2,1%. Emprego & Renda apresentou queda expressiva de 6,6%. Jerônimo Monteiro foi a cidade com maior variação positiva de emprego e renda (71,6%), passando de um índice 0,1908 para 0,3275.

Na variação geral do IFDM, Fundão cresce 13,5% no índice, ao passar de 0,6576 para 0,7465. No extremo oposto, Apiacá obteve variação negativa de 10% ao registrar índice 0,5800, contra 0,6444 em 2006.

O Estado do Espírito Santo se mantém acima da média nacional em Educação e Saúde, mas permanece com desenvolvimento moderado em Emprego & Renda.

No País, 57 milhões vivem em cidades de alto desenvolvimento
A pesquisa nacional do IFDM apontou que, em 2007, 31,4% dos brasileiros, ou 57 milhões de pessoas, viviam em cidades de alto desenvolvimento, enquanto 22%, ou 40 milhões, ainda não tinham serviços de qualidade na educação e na saúde e nem acesso a um mercado formal de trabalho estruturado.

No entanto, o País conseguiu reduzir o número de cidades de baixo desenvolvimento, até 0,4 pontos, para apenas 0,6% em 2007, contra 18,25% em 2000, primeiro ano de mensuração do índice.

Aumentou o processo de concentração de municípios com índices entre 0,6 e 0,8 pontos, migrados de faixas inferiores, o que mostra tendência de redução da desigualdade entre os níveis de desenvolvimento das cidades. A média brasileira do IFDM foi de 0,7478, 1,4% superior aos 0,7376 de 2006 e se confirmando na faixa do desenvolvimento moderado. Em 2000, primeiro ano apurado, a média nacional era de 0,5954 pontos, o que significava um desenvolvimento regular.

Em 2000, apenas 30,1% dos municípios brasileiros apresentavam índices na faixa de 0,6 a 0,8 pontos. Em 2006, o percentual saltou para 46,4%, passando em 2007 para 51,3%. Apenas 19 municípios apresentavam alto desenvolvimento em 2000. Agora, esse número é de 226.

Pela primeira vez, educação apareceu como área de desenvolvimento de maior influência no desempenho do índice geral, enquanto saúde manteve a trajetória de ascensão vagarosa. Emprego e renda foi a área que registrou pequena acomodação.

Araraquara (SP) tem o melhor índice; Marajá do Sena (MA), o pior
No ranking municipal de todo o País, em 2007, a liderança coube a Araraquara (SP), com 0,9349 pontos, e o menor índice, a Marajá do Sena (MA), com 0,3394 pontos. Apenas três capitais figuraram entre os 100 primeiros colocados do ranking em 2007, o que mostra a continuidade do processo de interiorização do desenvolvimento: Curitiba, Vitória e São Paulo, contra quatro em 2006. Belo Horizonte deixou a lista.

Entre as capitais brasileiras, a liderança do ranking do IFDM 2007 não variou muito em relação a 2006, com algumas trocas entre as primeiras posições: Curitiba (0,8687) passou a ocupar o 1º lugar, que era de Vitória, agora em segundo com 0,8669. São Paulo (0,8469) continua na 3ª posição. Campo Grande (0,8351) deu um salto da 7ª para a 4ª posição, e Goiânia (0,8239), da 10ª para a 7ª.

Levando em conta os 100 primeiros municípios, entre 2006 e 2007, foram observadas algumas alterações na presença dos estados. São Paulo manteve 81 municípios entre os top 100. Santa Catarina teve cinco, o Rio de Janeiro passou de dois para quatro, e Minas Gerais aparece com três. Espírito Santo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul têm uma cada.

No ranking dos estados, São Paulo e Paraná são os únicos a registrar alto nível de desenvolvimento. No entanto, 23 das 27 unidades da Federação (contando o DF) melhoraram ou mantiveram seus índices. Por regiões, o Centro-Oeste se destacou aumentando a presença entre os 500 melhores índices, principalmente graças a Goiás. Já entre os 500 menores IFDMs 96,2% vêm do Norte e do Nordeste. A Bahia continua com o maior número de representantes, seguida do Maranhão, Pará e Piauí.

Quando se analisa os índices que compõem o IFDM, aparecem alguns destaques. Em educação, por exemplo, a liderança absoluta é de São Paulo, com 92 dos 100 primeiros colocados. O Paraná lidera em saúde, embora o Rio Grande do Sul tenha nove municípios com a nota máxima (1) e 54 cidades entre as 100 primeiras. Em emprego e renda, o Rio de Janeiro aparece em primeiro, trocando de posição com São Paulo, agora em segundo.

IFDM é o único com periodicidade anual e recorte por municípios
O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) foi construído para atender a uma das ações propostas no Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, elaborado há quatro anos com a participação de mais de mil pessoas entre empresários, técnicos e especialistas e acadêmicos de diversas áreas. Todos os anos o IFDM é divulgado, e a sociedade pode acompanhar a evolução do desenvolvimento.

O IFDM supre a inexistência de um parâmetro para medir o desenvolvimento sócio-econômico dos municípios e distingue-se por ter periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional. O mais bem-sucedido entre os demais indicadores, o IDH-M, criado pela Organização das Nações Unidas, por exemplo, baseia-se em dados do censo demográfico, realizado a cada 10 anos.

As fontes de dados do IFDM são oficiais e sua metodologia permite a comparação quantitativa serial e temporal dos municípios analisados, possibilitando inclusive a agregação por estados. A comparação entre municípios ao longo do tempo mostra, com precisão, se uma melhor posição no ranking se deveu a fatores exclusivos de um determinado município ou à piora dos demais. A comparação absoluta de cada município permite medir se as políticas públicas resultam em melhores condições socioeconômicas para a população.

Os dados oficiais mais recentes que estão disponíveis, específicos para os municípios e utilizados para medir as três áreas (emprego e renda, educação e saúde) que compõem o índice, são de 2007. Em cada uma dessas áreas, os municípios, capitais e estados do país podem ser comparados entre si no grupo a que pertencem, isolada e evolutivamente. Em 2008, ano de sua primeira edição, o IFDM foi calculado para 2000 e 2005.

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